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Erros médicos crescem 1.600% em 10 anos

O aumento na demanda é a principal causa, mas a falta de qualificação também é um risco.

Em 10 anos, o Superior Tribunal de Justiça (TSJ) registrou um aumento 1.600% nos processo por erros médicos no Brasil. A revelação foi feita em congresso realizado no ano passado, no Rio Grande do Sul. A informação faz parte de um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem). “Não houve nenhuma outra pesquisa tão profunda e tão pormenorizada perante os tribunais brasileiros em nenhuma outra temática jurídica. Trata-se de um estudo inédito e completíssimo. Não se trata de uma amostragem. É a radiografia real e completa de todos os processos julgados a propósito do tema”, destaca o advogado e presidente da Anadem, Raul Canal.

Na Bahia, médico Otávio Marambaia, membro do Conselho Federal de Medicina e do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), admite que o número de ocorrências de erros médicos realmente tem crescido, como em todo o País, notadamente nos ramos da cirurgia plástica e da obstetrícia, especialidades que seriam as que mais registram ocorrências.

Em relação à cirurgia plástica, Marambaia não tem dúvida em afirmar que o crescimento de situações consideradas como erros médicos cresce na proporção direta do aumento do número de cirurgias.

Para dar um exemplo da quantidade de cirurgias plásticas feitas no País, Marambaia diz que “o Brasil só perde para os Estados Unidos em números deste tipo de cirurgia.” Ele explica que a crescente procura por cirurgia estética no País “deriva da cultura moderna do culto ao corpo, entre outros fatores. As pessoas buscam corrigir problema estéticos – ou problemas que elas pensam existirem – através da cirurgia.

Ética

O médico lembra ainda que acontece, não raro, o resultado ser excelente mas ainda assim o paciente ficar insatisfeito. Questionado sobre se os cirurgiões podem desaconselhar uma cirurgia, ele diz que sim e faz questão de frisar que “não são os cirurgiões plásticos que incentivam à cirurgia, são as pessoas que procuram cada vez mais.”

Marambaia destaca que a cirurgia plástica brasileira é de “excelente qualidade” e corrobora isso apontando um número cada vez maior de estrangeiros que vêm ao País para serem operados.
Quanto à forma mais segura de o candidato a uma cirurgia (não só plástica, inclusive, como também não só para cirurgias) checar a qualidade do profissional a ser procurado, ele acha que ainda o velho e conhecido método da recomendação: “Aconselhamos que procure alguém – amigo, parente etc. – que já tenha se operado com aquele profissional e questione sobre os resultados.”e ser letal para o trabalhador.

Nem só no Brasil…

Embora em nosso país os números negativos costumem ser sempre muito maiores do que no chamado Primeiro Mundo, nem só aqui ocorrem erros médicos chocantes. Vejam, por exemplo, este caso, registrado em 2013, na Inglaterra e noticiado no Brasil pela Record:

“A jovem Rosie Kremer, de 24 anos, teve uma morte triste e dramática na Inglaterra e agora a mãe luta por justiça. Seis horas depois de dar à luz, a jovem morreu por causa de um tumor cerebral, porém os médicos haviam diagnosticado que a mulher sofria apenas de dor de ouvido. As informações são do jornal Daily Mail.”
“De acordo com a publicação, a mãe da jovem disse que sua filha fez vários exames que apontaram que ela tinha uma “pressão craniana”.
“Apesar de todos os seus sintomas ninguém diagnosticou o tumor. O cuidado que ela recebeu foi terrível. Ela foi mandada para casa duas vezes. O problema de Rosie não começou de um dia para o outro. Durante os últimos dois meses de vida, ela passou por 23 médicos que falavam que sua grande dor de cabeça era apenas uma infecção no ouvido.”

Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/
Foto: Cristian C, via Flickr