Médicos da Estratégia Saúde da Família (ESF) decidiram entrar em estado de greve durante reunião, na última terça-feira (17), no Sindmepa. A decisão do alerta para uma possível greve foi tomada após várias reuniões dos profissionais em que relatavam diversos problemas enfrentados no programa ESF. A Prefeitura de Belém foi notificada hoje sobre o estado de greve.
Um dos principais motivos de descontentamento dos médicos é a diferença salarial entre os médicos contratados pelo município para a ESF e os médicos dos programas Mais Médicos e Provab, que terão remuneração de R$ 10.000, enquanto aqueles recebem R$ 5.500 líquidos. Para os médicos que trabalham no Estratégia Saúde da Família não há motivos para o emprego de profissionais do Mais Médicos e Provab em Belém, já que os dois programas visam áreas de difícil acesso e onde há falta de médicos, o que não é o caso de Belém.
O Sindmepa notificou hoje o gabinete do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho e o Secretário Municipal de Saúde, Sérgio Amorim. A pauta de reivindicações apresentada à prefeitura consta de onze itens, entre eles a melhoria das atuais e precárias condições de trabalho das Casas de Saúde da Família, com solução dos problemas verificados em suas instalações e a falta de materiais, equipamentos e medicamentos para o desempenho do exercício profissional com qualidade.
“Para nós causa estranheza que a coordenação do programa ESF e a Sesma em vez de estar preocupada em saber se o programa está surtindo resultados, a partir de pesquisas e avaliação de indicadores de saúde, se preocupar com as condições de trabalho, segurança do servidor, não, nada disso interessa para eles”, disse o diretor do Sindmepa João Gouveia, que coordenou os trabalhos. Em Assembleia permanente, os médicos se reúnem novamente no dia 1 de abril para avaliar o movimento e as respostas da Sesma à pauta de reivindicações.
Fonte: http://sindmepa.org.br/
Foto: marcusrg, via Flickr