Familiares de recém-nascido reclamam de erro médico em procedimento realizado na criança enquanto ela esteve internada no Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU). Trata-se de bebê com quase um mês de vida que nasceu prematuramente no último dia 27 de fevereiro, com má formação, chamada gastrosquise, diagnosticada ao nascimento. A família teme que o problema no procedimento possa agravar o estado de saúde do menino.
De acordo com Márcio Roberto Silva do Amaral, pintor, 28 anos, ao nascer, o filho precisou permanecer internado no Mário Palmério até a última terça-feira (24). Segundo o tio de Márcio, o militar da reserva Wiliton Firmino da Silva, 53, por volta de 8h30 desta data, ele recebeu a ligação do hospital solicitando a presença de um familiar.
Ao comparecerem ao hospital, os dois foram informados que o cateter colocado no bebê havia se quebrado e que um pedaço estava alojado no átrio direito do coração da criança. A profissional teria mencionado ainda que o fato ocorreu durante a madrugada de segunda para terça-feira e que o recém-nascido seria transferido para o Hospital de Clínicas para a cirurgia de retirada do pedaço. Com os nomes das funcionárias de plantão, os dois registraram um boletim de ocorrência na Aisp Olinda.
A médica Daiene Elisabete Moreira Pereira, coordenadora-geral da Pediatria do MPHU, afirma que o procedimento da equipe foi correto e não houve negligência. Ela explica que, após o nascimento, a criança precisou ser estabilizada na UTI neonatal e da colocação de um “picc”, ou cateter central, para medicação, com acesso pela perna. Ela informa que os bebês são avaliados de três em três horas e que há uma técnica de enfermagem para cada dois bebês. De madrugada, o bebê ficou irritadiço e friccionou uma perna na outra, ocasionando pressão no cateter e provocando o rompimento, situação que pode ocorrer em 16% dos casos, segundo a literatura médica.
A coordenadora informa que continua acompanhando o caso do bebê e que a criança passou por procedimento cirúrgico no Hospital de Clínicas na terça-feira, quando os médicos tentaram realizar a retirada do fragmento, mas não houve sucesso. Segundo familiares, uma nova cirurgia estava marcada para ontem, porém o procedimento foi adiado para hoje porque a pinça especial, adequada para o caso, ainda não chegou ao hospital.
Fonte: http://www.jmonline.com.br/
Foto: divulgação, MPHU