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RJ: família de grávida com bebê morto no ventre vai processar hospital

Família acusa a unidade de negligência e afirma que vai processar a prefeitura do Rio de Janeiro.

A espera pelo primeiro Dia das Mães virou pesadelo para Luana dos Santos Figueiredo, de 27 anos. Grávida de 40 semanas, ela viu seu sonho interrompido na última quinta-feira, dia 07, quando constatou que seu bebê não mexia mais dentro do útero. Um dia antes, ela fora ao Hospital Pedro II, em Santa Cruz, com fortes contrações e pressão alta, mas foi liberada pelo médico. A família acusa a unidade de negligência e afirma que vai processar a prefeitura. A Secretaria Municipal de Saúde informou que vai investigar o caso.

Segundo familiares de Luana, a recomendação do médico foi que ela voltasse para casa, apesar de estar com pressão alta, contrações e dilatação. Na quinta-feira, Luana procurou a Clínica da Família, em Santa Cruz, e passou por exames. Lá, um médico constatou que o coração do bebê não batia mais, mas considerou que poderia ser apenas uma questão de posição da criança no ventre e, por isso, recomendou que ela fizesse uma ultrassonografia no hospital. Luana voltou ao Pedro II, na última sexta-feira, quando a morte do filho foi constatada.

Outro drama enfrentado por Luana foi a espera para que fosse retirado o feto morto. Na sexta-feira, a gestante foi colocada em um quarto onde outras mães chegam com seus bebês da sala de parto. Só ontem, após 72 horas, foi feita a cirurgia. “Muitas passaram a frente e foram atendidas antes dela. Isso tudo acontece logo antes do Dia das Mães. É um abalo para ela”, frisou a irmã, Juliana Francisco.

De acordo com a Secretaria de Saúde, ontem Luana passou por uma cesariana para a retirada do bebê. Ela está bem e ficará em observação até ser liberada para voltar para casa. Ainda segundo a secretaria, foi dado um remédio a Luana para que o feto fosse expelido naturalmente em 72 horas.

O órgão informou que esse é o procedimento adequado nesses casos. Em relação a Luana ter sido liberada do hospital na quarta-feira, a secretaria afirmou que vai abrir um inquérito para apurar a situação e, assim, começar a investigação do caso.

Segundo a obstetra Maria Augusta Tamm, a indução para um parto normal é realmente a primeira opção. “O processo com medicação é menos traumático do que a cirurgia”, explicou a médica.

Pai já tinha comprado o carrinho
O sonho do primeiro filho de Luana e o marido, Márcio Adriano Santos, foi interrompido. “Já tinha comprado carrinho, fraldas, tudo para o nosso filho, que ia se chamar João Guilherme. O quarto está todo enfeitado ainda. Uma das roupinhas vai servir para enterrar o bebê”, lamentou Márcio.

Revoltado, Francisco Santos, pai de Luana, disse que vai processar a prefeitura. “Onde já se viu mandarem a minha filha voltar para casa com dilatação? Sem contar o absurdo que foi ela ter que esperar para retirar o bebê”, reclamou.

Fonte: http://odia.ig.com.br/
Foto: Digo_Souza, via Flickr

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