O vendedor autônomo Sílvio José Ramos Júnior, de 33 anos, morreu neste domingo, dia 28 de junho, após 10 meses de sofrimento. A família ainda tenta provar que ele foi vítima de um erro médico ao receber uma medicação no CRS (Centro Regional de Saúde) do bairro Tiradentes, em Campo Grande.
“No caso do meu irmão, não tem mais o que fazer. Eu o perdi. Ele não vai mais andar, não vai mais comer, não vai mais falar. Por enquanto eu nem sei o que vou fazer”, disse Renato, na época, ao site Campo Grande News.
Até hoje não se sabe qual substância provocou a reação no paciente. Valdemar Morais de Souza, presidente da Associação de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul, acredita que o caso foi resultado de erro médico.
“Ele não tinha nenhuma doença, apenas um mal-estar, e por causa de um procedimento médico completamente equivocado foi transferido do posto de saúde para a clínica com parada cardiorrespiratória, entubado e em coma induzido”, disse Valdemar. “E a família, que não autorizou a transferência, ficou com uma conta de R$ 136 mil para pagar”, completa.
Histórico
No dia 31 de agosto de 2014 Juninho, como era conhecido, deu entrada no posto de saúde com ânsia de vômito e sentindo mal estar. De acordo com um boletim de ocorrência registrado sobre o caso, o médico plantonista não realizou exames necessários e ministrou diazepan, dipirona e outros medicamentos.
Segundo o irmão do paciente, Renato Gama, 34 anos, minutos depois Juninho sofreu convulsões e uma parada cardiorrespiratória. Ele foi encaminhado para um hospital particular, às custas do poder público, com a alegação de que faltava vaga em uma unidade pública.
Após um período, a clínica particular passou a cobrar pelo atendimento a Juninho. Meses depois, em outubro de 2014, Juninho recebeu alta do CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e passou a receber tratamento em um quarto numa casa alugada no bairro Tarumã.
Fonte: http://www.douradosnews.com.br/
Foto: Daniel Peppes Gauer, via Flickr