A família de uma grávida reclama que o descaso de médicos da Santa Casa de São Gonçalo do Sapucaí, no sul de Minas, provocou a morte de dois gêmeos recém-nascidos.
Eliane Aparecida de Paula Silva, de 34 anos, que fez o acompanhamento pré-natal na unidade, procurou o hospital com dores na barriga. Uma residente de plantão a examinou, não constatou problemas e liberou a gestante.
Quatro horas depois, ela entrou em trabalho de parto e deu à luz no quintal de casa porque o Samu não chegou a tempo. O médico que a acompanhava também foi chamado, mas não apareceu.
Sem assistência, os dois recém-nascidos morreram poucas horas depois.
O pai, Luiz dos reis Silva, afirmou: “É uma negligência. As duas crianças estavam vivas, eu coloquei a mão nelas, vi mexendo. Alguém tem que pagar por isso. Por que as pessoas que têm mais dinheiro que a gente não pagam pelos erros que cometem?”
O obstetra que fez o pré-natal afirmou que não teve culpa: “Eu falei para ele [o pai] procurar a ajuda do Samu, porque eu não podia buscar as crianças. Ela deveria ter sido encaminhada para um serviço de alto risco. Não conseguiram, não é culpa minha. É do serviço de saúde.”
Segundo o diretor clínico Akira Yamaguchi, a Santa Casa vai abrir sindicância: “Ela [plantonista] examinou a paciente, os dois fetos estavam bem, não tinha diltação, não tinha sangramento, então orientou a liberar. A Santa Casa vai investigar esses detalhes todos.”
Fonte: http://noticias.r7.com/ – publicado em 20/07/2015 às 00h15
Foto: John McTarnaghan, via Flickr