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Paciente diz que tia foi "torturada" por médico dentro de UPA

A massoterapeuta Katia Silva Dourado, de 41 anos, afirmou à Polícia Civil que um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Pedro (SP) “torturou” a paciente Ester da Silva, de 52 anos. A vítima, que é tia de Katia, sofre de hepatite C, em estágio avançado, doença pulmonar crônica e cirrose. O caso foi registrado como lesão corporal e constrangimento. A Prefeitura diz que o profissional será investigado.

“Quando ela tem uma crise devido ao seu quadro clínico delicado, necessita ser hospitalizada. Minha tia chegou muito fraca ao setor de emergência, não conseguia abrir os olhos, mas ainda estava consciente”, afirmou Katia.

“O médico dizia que a faria abrir os olhos de qualquer maneira e pediu para o enfermeiro colocar a maior sonda que tivesse pelo nariz de minha tia. Esse procedimento a machucou e a fez sangrar bastante”, disse.

De acordo com Katia, o médico ironizava e constrangia a paciente. “Ele dizia para a equipe: “Venham aqui. Vocês vão ver o poder da ressuscitação”. Em outro momento, chegou a dizer que o problema de minha tia era falta de homem”, disse ao G1.

Katia afirmou que a tia mora em Santo Andre (SP) e está em São Pedro desde o dia 15 de agosto. “Ela veio participar da festa de aniversário de sua sobrinha-neta, quando passou mal, com falta de ar e dores na cabeça.” Nesta primeira ocasião, foi atendida na UPA da cidade, ficou em observação, foi medicada e depois liberada.

Já no dia 18 de agosto, Ester teve outra crise e necessitou de atendimento médico novamente. “Minha tia sentia dores no peito e na cabeça, chegou à UPA muito mal e foi quando ela foi torturada dessa forma”, disse Katia.

Abaixo-assinado
Um abaixo-assinado que pede a demissão do médico circula pela internet. O documento solicita providências da administração municipal por “incompetência profissional” e “tratamento desumano” dos pacientes da UPA. O médico não foi localizado pelo G1 para comentar o assunto.

Investigação
A Prefeitura de São Pedro afirmou em nota que, após receber o relato dos fatos ocorridos na UPA, foi aberto um processo administrativo para averiguar a situação. A administração disse ainda que o médico não é funcionário público, mas apenas presta serviços ao município. “Enquanto este processo não for concluído, o médico envolvido, não dará atendimento na unidade”, diz a nota. O último dia de trabalho do profissional na rede foi 21 de agosto.

Fonte: http://g1.globo.com/
Foto: Fotos GVBA, via Flickr

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