A Polícia Civil investiga a morte de uma menina de 11 anos que morreu depois de ser atendida com dor de garganta no Hospital Municipal de Rio Verde, no sudoeste de Goiás. De acordo com a família, a garota recebeu uma injeção e foi liberada. No dia seguinte, ela passou mal e retornou ao hospital, mas não resistiu.
Nayara Ribeiro morreu no último dia 2 de novembro. A mãe da criança, Maria Ediana Ribeiro Carvalho, cobra respostas. “Ele [médico] falou que estava tudo bem e a gente foi pra uma salinha do lado, deram uma injeção nela e fomos embora. Quero que eles me expliquem do que minha filha morreu”, desabafa.
Segundo relato, após voltar para casa do primeiro atendimento, Nayara voltou a passar mal e foi levada de volta ao hospital. A mãe afirma que a menina foi atendida, mas morreu na unidade. De acordo com a família, o médico atestou que a causa da morte não foi identificada e que a família não quis que a menina fosse levada ao IML para que a necropsia fosse feita.
A delegada responsável pelo caso, Jaqueline Camargo, disse que o caso está sendo investigado mesmo sabendo a menina não foi levada ao IML por opção da família. “O médico, quando vai expedir o atestado de óbito, tem que, ou definir a causa da morte, ou encaminhar pro IML, e isso não foi feito”, afirma.
A tia de Nayara, Maria Edna Ribeiro, diz que o hospital não deu explicação alguma sobe a morte da criança. “A gente não sabe se ela morreu de dor de garganta, dor de barriga ou pela injeção”, desabafa.
A delegada informou que já ouviu os médicos que atenderam Nayara e cogita até fazer a exumação do corpo. Segundo ela, um médico legista deve fazer análise para saber se houve erro médico ou não e, a partir disso, apontar a causa da morte da vítima.
A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Verde informou que está colaborando com a polícia para esclarecer o caso. Disse ainda que o corpo só não foi encaminhado ao IML porque a família não quis.
Fonte: http://g1.globo.com/
Foto: Naomi Chung’s Daydream Art, via Flickr