O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS), denunciou cinco profissionais investigados pelas mortes de quatro pacientes que faziam tratamento contra o câncer na Santa Casa de Campo Grande. De acordo com a denúncia do promotor Silvio de Lima, dois médicos, dois farmacêuticos e uma enfermeira foram denunciados por homicídio culposo.
As quatro pacientes faziam tratamento contra o câncer de reto e, segundo as investigações da Polícia Civil, receberam remédio para câncer de mama. Apesar de o MP ter denunciado os profissionais por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, a polícia chegou a pedir que os cinco respondessem por homicídio doloso, quando existe a intenção de matar.
O tratamento era feito por uma clínica terceirizada contratada pela Santa Casa de Campo Grande. Após as mortes, o hospital quebrou o contrato com a clínica e assumiu o serviço de oncologia.
Casos
Carmem Insfran, Norotilde Greco e Maria Glória morreram entre os dias 10 e 12 de julho, depois de passarem por sessões de quimioterapia na Santa Casa, entre os dias 24 e 28 de junho. As famílias das pacientes questionaram os procedimentos do setor de oncologia depois das mortes.
Suspensão
Segundo a Santa Casa, após as mortes, os lotes dos medicamentos cinco fluorouacil e ácido folínico, usados no tratamento das pacientes, foram suspensos no hospital. Uma bioquímica já foi contratada para assumir o serviço de manipulação dos remédios e já começou a trabalhar. No período de suspensão, o serviço foi feito no Hospital de Câncer.
Técnicos Anvisa
Entre os dias 21 e 25 de julho, quatro técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estiveram na Santa Casa para investigar as mortes.
Contrato suspenso
No dia 25, o presidente da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), mantenedora da Santa Casa, Wilson Teslenco, anunciou a suspensão do contrato com a empresa responsável pela oncologia na unidade.
No dia 21 de agosto, Teslenco anunciou o fechamento do setor de oncologia da Santa Casa. Segundo ele, a medida já estava prevista antes das mortes por pacientes que tiveram reações a medicamentos de quimioterapia.
Fonte: http://g1.globo.com/
Foto: Phil e Pam Gradwell, via Flickr