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Estudo vincula consumo de carne vermelha a inflamação no intestino

Pesquisadores analisaram dados de 46 mil homens questionados periodicamente desde 1986

 

Por France Presse
Do Bem Estar/ G1

 

Os homens que consomem muita carne vermelha sofrem com mais frequência de um tipo comum de inflamação do intestino, chamada diverticulite, revelou um estudo publicado nesta terça-feira (10). Esta doença é provocada pela inflamação de um ou vários divertículos – pequenas bolsas de tecido que se formam na mucosa interna do intestino.

O estudo comparou o grupo composto por 20% dos participantes que consumiam mais carne vermelha com os 20% que consumiam menos, e concluiu que os casos de diverticulite foram 58% mais numerosos no primeiro grupo, explicaram os pesquisadores, em sua maioria acadêmicos da Universidade de Harvard. Os dados foram extraídos de um amplo estudo epidemiológico nos Estados Unidos, que analisou as respostas de mais de 46 mil homens questionados periodicamente desde 1986.

A cada quatro anos, os participantes responderam a perguntas sobre seus hábitos alimentares no ano anterior, especificando o seu consumo de carne vermelha, frango e peixe. As opções variavam desde “nunca ou menos de uma vez por mês” até “seis vezes por dia ou mais”. Do total do grupo, 764 homens desenvolveram diverticulite, o que equivale a 1,6%. Os especialistas destacaram que o estudo só mede uma coincidência estatística, sem expressar uma relação de causalidade.

Os grandes consumidores de carne vermelham também fumavam mais que a média, praticavam menos esportes e recorriam mais vezes a anti-inflamatórios e analgésicos. A equipe desenvolveu algumas hipóteses, entre elas a de que o consumo elevado de carnes vermelhas poderia perturbar o equilíbrio das bactérias que vivem no intestino.

A diverticulite é uma condição relativamente comum que pode ter consequências graves em 4% dos casos (abscessos, peritonite, perfuração do intestino), destacaram os autores do estudo, publicado na revista médica Gut, que depende da publicação British Medical Journal (BMJ).

Foto: Divulgação

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