Redes sociais aumentam sensação de solidão, diz estudo

Pesquisa feita por psicólogos americanos aponta que usar sites como Facebook, Twitter e Snapchat por mais de duas horas dobra as chances de sentir isolado socialmente

 

Por BBC

 

Redes sociais estão fazendo com que nos sintamos mais solitários, aponta um estudo realizado por psicólogos americanos. A pesquisa, publicada no Periódico Americano de Medicina Preventiva, aponta que acessar sites como Twitter, Facebook e Snapchat por mais de duas horas por dia dobra a probabilidade de alguém se sentir isolado. Os cientistas argumentam que a exposição a representações idealizadas da vida de outras pessoas também faz com que sintamos inveja delas.

“Não sabemos o que veio antes – o uso de redes sociais ou a sensação de isolamento social”, diz a coautora do estudo Elizabeth Miller, professora de Pediatria da Universidade de Pittsburgh. “É possível que jovens adultos que se sentiam isolados socialmente recorreram às redes sociais. Mas pode ser que o uso cada vez mais intenso de mídia social levou eles a se sentirem isolados do mundo real.”

 

Interações

Quase 2 mil adultos com idades entre 19 e 32 anos foram entrevistados quanto a seu uso de redes como Twitter, Facebook, Instagram, Pinterest, Snapchat e Tumblr. O estudo sugere que quanto mais tempo uma pessoa fica online, menos tempo ela tem para interações no mundo real.

A navegação pelas redes sociais também pode despertar sentimentos de exclusão – inveja, por exemplo -, como quando se vê fotos de amigos se divertindo em eventos para os quais não se foi convidado. “É importante estudar isso, porque há uma epidemia de problemas mentais e de isolamento social entre jovens adultos”, afirma Brian Primack, da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh.

“Somos criaturas sociais, mas a vida moderna tende a nos isolar em vez de nos aproximar. Apesar das redes sociais aparentemente criarem oportunidades de socialização, o estudo aponta que elas não têm o efeito que esperamos.”

 

Foto: WIKICOMMONS/ZASH236

1,7 milhão de crianças morrem por ano devido a fatores ambientais, dizem relatórios da OMS

Organização mostra dados de mortes de pessoas com menos de 5 anos que poderiam ser evitadas

 

Por G1

 

Dois novos relatórios divulgados neste domingo (5) dizem que fatores de risco ambiental – como as condições do ar, água contaminada, falta de saneamento e higiene – são responsáveis pela morte de 1,7 milhão de crianças menores de cinco anos por ano. Os documentos foram elaborados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Outro número encontrado nos textos é o de que mais de 1 em cada 4 mortes de crianças com menos de 5 anos é atribuída a ambientes insalubres.

O primeiro relatório foi intitulado de “Herdando um mundo sustentável: Atlas da saúde e do ambiente da criança”. Ele mostra que boa parte das causas mais comuns de mortes entre crianças nessa faixa etária – como diarreia, malária e pneumonia – podem ser evitadas com intervenções para a redução dos riscos ambientais e passando a garantir água potável e fontes limpas para a cozinha de casa.

“Um ambiente poluído é fatal, especialmente para crianças pequenas”, disse Margaret Chan, diretora-geral da OMS. “O desenvolvimento de órgãos e sistemas imunológicos, e seus corpos menores e suas vias aéreas, os tornam especialmente vulneráveis à sujeira do ar e da água”, completou.

De acordo com a organização, as exposições nocivas podem iniciar já no útero da mãe e aumentar a chance de um parto prematuro. Além disso, quando crianças são expostas ao fumo passivo e à poluição do ar há um risco aumentado de pneumonia durante a infância e uma maior chance de desenvolver doenças respiratórias crônicas, como a asma. O ar poluído aumenta, também, o risco de problemas cardíacos, acidente vascular cerebral e câncer.

O segundo relatório divulgado é intitulado “Não poluir o meu futuro! O impacto do ambiente na saúde das crianças”.
Conheça as 5 principais causas de morte para pessoas com menos de 5 anos devido a fatores ambientais todos os anos: