O que suas unhas podem dizer sobre sua saúde
Poucos sabem, mas as características das unhas possibilitam avaliar o estado de saúde geral, já que determinadas alterações podem indicar doenças
Por Adriana Vilarinho
na Veja Online
As unhas são compostas por queratina dura que possuem como principal função a proteção das extremidades dos dedos das mãos e dos pés, bem como a atuação na manipulação de pequenos objetos. Além dessa função de proteção, o que muitos não sabem é que as unhas também são indicadores de como está a saúde geral de uma pessoa e que algumas alterações ungueais ainda são características de algumas doenças.
Características de unhas saudáveis
Unhas saudáveis têm coloração rosada, são transparentes e com a lúnula (porção mais branca) visível na porção proximal. Quando as unhas apresentam aspecto quebradiço, frágil, descamativo podem ser sinal de anemia ou carência de vitaminas e minerais como ferro, zinco, vitamina C, vitamina B12 e ácido fólico.
Alertas
Linhas transversais podem ser indicativas de má nutrição, insuficiência renal e podem aparecer até mesmo depois de quimioterapia. Já linhas longitudinais são comuns em indivíduos idosos e também podem indicar trauma da matriz ungueal e são comuns na artrite reumatoide, doenças vasculares e algumas doenças dermatológicas como líquen plano.
Unhas muito espessas, opacas e com restos córneos subungueais ou descoladas podem ser sinal de micose ou, menos frequentemente, de doenças como a psoríase ou até mesmo indicação de problemas circulatórios e pulmonares. O formato alterado da unha também pode significar algumas doenças. Por exemplo a unha em formato de colher pode ser um indicativo de anemia, doenças do fígado (como hemocromatose), doenças cardíacas e até hipotireoidismo.
A unha em formato de vidro de relógio acompanhada do baqueteamento dos dedos também está presente em doenças pulmonares, cardíacas, hepáticas e gastro intestinais (como na doença inflamatória intestinal). Concluindo, através da observação das características das unhas, também é possível avaliar o estado de saúde geral, pois diversos problemas de saúde graves podem alterar seu processo de crescimento e desenvolvimento.
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Dieta sem lactose pode afetar os ossos, diz estudo
Segundo cientistas britânicos, as dietas da moda que cortam leite e laticínios podem aumentar o risco de desenvolver osteoporose
Por Veja Saúde
Evitar derivados do leite faz bem? Segundo pesquisa da National Osteoporosis Society, do Reino Unido, dietas que cortam alimentos lácteos pode colocar em risco a saúde dos ossos, até mesmo em pessoas jovens, como informou a rede BBC. O levantamento avaliou respostas de 2.000 pessoas, sendo 239 menores de 25 anos e 339 com idade entre 25 e 35 anos de idade. Os pesquisadores do estudo sugerem que muitos jovens têm buscado conselhos sobre nutrição entre blogueiros na internet e celebridades. Embora certas recomendações sejam boas, algumas pessoas têm se tornado um tanto quanto restritivas em relação à alimentação. Os resultados são preocupantes, mas a dieta sem lactose não é a única responsável. Outros alimentos que são fonte de cálcio também podem estar em déficit na alimentação dos participantes.
Saúde dos ossos
“A dieta no início da idade adulta é muito importante, pois quando chegamos nos vinte e tantos anos é tarde demais para reverter o dano causado pela má alimentação e deficiências de nutrientes”, disse Susan Lanham-New, chefe de nutrição da Universidade de Surrey e conselheira clínica na National Osteoporosis Society.
O hábito de fumar, a falta de exercício físico e o consumo de bebidas efervescentes ricas em ácido são fatores bastante prejudiciais à saúde dos ossos. Consumir alimentos ricos em cálcio e vitamina D, como produtos lácteos, vegetais de folhas verdes, salmão, sardinha, brócolis e feijão cozido, é particularmente importante antes dos 25 anos, de acordo com a pesquisa. Depois dos 50, metade das mulheres e um a cada cinco homens desenvolve osteoporose, condição óssea frágil que causa fraturas dolorosas nos pulsos, quadril e coluna.
Como prevenir? Produtos lácteos, como leite, queijo e iogurte, por exemplo, são a principal fonte de cálcio. O leite de vaca é a melhor fonte, sendo as versões desnatada e semi-desnatada ainda mais ricas, mas o de soja e de amêndoas também podem ser encontrados em versões fortificadas com cálcio. Sobre os queijos, a melhor escolha são as versões com baixo teor de gordura. No entanto, legumes, nozes, sementes, peixe e produtos de farinha branca também contêm cálcio.
Intolerância à lactose
Outra recente pesquisa da Food Standards Agency, agência de vigilância sanitária do governo britânico, mostrou que quase metade dos jovens entre 16 e 24 anos de idade diziam ter intolerância à lactose, em comparação com apenas 8% dos que tinham mais de 75 anos. Porém, apenas 24% tinham realmente sua condição diagnosticada por um médico.
Deficiência de cálcio
Para adultos, a quantidade de cálcio recomendada é de 700mg por dia, mas adolescentes entre 11 e 18 precisam de até 1000mg. Apesar disso, um quarto dos adolescentes no Reino Unido consomem menos do que 400mg de cálcio todos os dias, segundo as pesquisas sobre dieta. Para os especialistas, os níveis recomendados podem ser alcançados comendo três porções de leite por dia, como cereais com leite, um iogurte e um pequeno pedaço de queijo.
Cortar ou reduzir o consumo de laticínios pode ser saudável se outros alimentos atuarem como seus substitutos nutricionais. “Os derivados do leite tendem a fazer maior contribuição para a nossa ingestão de cálcio, sendo assim, precisa ser substituído por outras fontes, como pães, cereais, peixe, nozes, sementes e folhas verdes, bem como a escolha de leites vegetais alternativas fortificadas com cálcio”, explicou a porta-voz do estudo.
Foto: iStock/Getty Images
Saiba por que sapatos sujos são uma ameaça à sua saúde
Pesquisadores de três universidades identificaram bactérias prejudiciais a saúde nas solas dos sapatos, que podem se multiplicar dentro de casa
Por Veja Online
Você tem o hábito de tirar os sapatos antes de entrar em casa? Caso não tenha, você deveria incorporar esse hábito ao seu dia a dia. Segundo pesquisadores da Universidade de Houston, Universidade do Arizona e Universidade Baylor, nos Estados Unidos, não tirar os sapatos antes de entrar em casa pode expor você e sua família a um risco aumentado de doenças causadas por bactérias trazidas da rua para dentro de casa pelas solas dos sapatos. Em casa, esses microrganismos multiplicam-se nos pisos e carpetes e estão relacionados a problemas de saúde que vão desde diarreia até câncer.
Os estudos
“É incrível o quanto as pessoas andam durante o dia, e toda essa caminhada traz consigo os germes“, disse Kevin Garey, professor na Universidade de Houston, nos Estados Unidos Junto com uma equipe de pesquisadores, ele analisou a prevalência do coliforme Clostridium difficile, que pode causar dores no estômago e diarreia, em 2.500 amostras de sapatos. Cerca de 26,4% das amostras apresentaram resultado positivo para o coliforme.
Em outro levantamento, realizado pela Universidade do Arizona, também nos Estados Unidos, foram detectados 421.000 tipos diferentes de bactérias nos sapatos. Os coliformes, presente nas fezes humanas, foram rastreados em 96% dos sapatos analisados pela pesquisa. Já um estudo realizado pela Universidade Baylor, nos EUA, mostrou que as pessoas que viviam nas proximidades de estradas asfaltadas com alcatrão de hulha, líquido escuro derivado do carvão, tinham um maior risco de contrair câncer devido as toxinas levadas pelos sapatos.
Bolsas e necessaires
No entanto, não só os sapatos apresentam riscos, mas também as bolsas e necessaires, que são muitas vezes apoiadas no piso e em superfícies de banheiros públicos. Em outubro do ano passado, especialistas britânicos do Departamento de Microbiologia da Universidade Metropolitana de Londres descobriram que esses acessórios podem conter altos níveis de bactérias potencialmente letais. Os testes de laboratório mostraram que com mesmo com apenas seis meses de uso, esses utensílios são já podem conter bactérias como a Salmonella, que causa intoxicação alimentar, e Cronobacter, que pode causar meningite em adultos e crianças.
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