SIDEG Nacional convida presidente da Anadem para compor mesa de debate
Raul Canal participará de uma conferência sobre “Mercado de trabalho, defesa da especialidade, consórcio e seguro profissional”, juntamente com outras autoridades
O presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética) Raul Canal recebeu um convite oficial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da coordenadoria do SIDEG (Simpósio para desenvolvimento e gestão de carreira) para compor a mesa de debate do SIDEG Nacional, encontro que será realizado no 54º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, em Florianópolis (SC), dia 15 de novembro.
A programação acontecerá das 14h às 18h, e Canal participará de uma conferência sobre “Mercado de trabalho, defesa da especialidade, consórcio e seguro profissional”, juntamente com o 1º vice-presidente da SBCP Dr. Dênis Calazans, o advogado Dr. Carlos Michaelis e o presidente da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) Dr. Paulo Rossi.
Mais da metade das crianças e dos adolescentes estão com carteira de vacinação desatualizada, diz governo
Cobertura vacinal de 2016 foi a menor nos últimos dez anos, informa Ministério da Saúde. Pasta espera que 47 milhões procurem postos de saúde em campanha que vai até o dia 22
Por Raquel Morais, G1, Brasília
Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (13) que 53% das crianças e adolescentes de até 15 anos estão com as cadernetas de vacinação desatualizadas no Brasil. A pasta disse ainda que a cobertura vacinal de 2016 foi considerada a menor nos últimos dez anos.
Levantamento do órgão aponta que 760 mil crianças de até 1 ano não receberam a vacina BCG; 950 mil ficaram sem a vacina da hepatite B; 470 mil sem a pneumocócica e rotavírus; 320 mil sem a pentavalente; 790 mil sem a da poliomielite; 240 mil sem a da meningite C; e 1,1 milhão sem a da febre amarela.
Nos bebês com 1 ano, 150 mil não receberam tríplice viral; 470 mil ficaram sem a pneumocócica; e 180 mil também não receberam o primeiro reforço contra meningite C (confira, ao final do texto, mais detalhes sobre cada vacina). Com esse panorama, a expectativa do governo é que 47 milhões de pessoas recorram a um dos 36 mil postos disponíveis em todo o País até o dia 22 de setembro, quando se encerra a campanha nacional de multivacinação que começou na segunda-feira (11).
Segundo a coordenadora, apesar da baixa cobertura, não se pode apontar que haja uma tendência de diminuição da vacinação no País, de qualquer modo, diz ela: “não queremos que isso se repita em 2017”. A menor cobertura vacinal ocorre na região Norte do País, de acordo com o ministério. Ainda, a maior preocupação da pasta é com relação à difteria e sarampo, que já têm casos em outros países. Em 2017, informou Adeilson Loureiro Cavalcante, secretário de Vigilância em Saúde, foram registradas mortes por sarampo na Alemanha, Portugal, França, Itália, Bulgária e Romênia. Além disso, houve 324 notificações de difteria e oito casos de sarampo na Venezuela.
Por que a cobertura está mais baixa?
Segundo Jurandi Frutuoso, informações divulgadas nas redes têm contribuição na baixa cobertura. “Eu me preocupo com o que está havendo aqui. […] É preocupante o quadro. Você tem uma tendência de redução da cobertura vacinal por vários motivos. Entre eles, campanhas na internet de que vacinar não é bom”, completou.
Um outro ponto destacado por Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, é que as vacinas podem ter sido vítimas do seu próprio sucesso. “Elas [as vacinas] fazem desaparecer doenças. O público entende que não tem mais sarampo, rubéola, difteria e acha que não tem mais sentido se vacinar contra”, diz.
No entanto, apesar do Brasil vivenciar as menores taxas da última década, aponta Kfouri, as coberturas vacinais brasileiras ainda são altas em relação ao restante do mundo. “Temos um programa reconhecido como um dos melhores não só pela quantidade que ofertamos, mas pelo quanto atingimos”, explica.
Campanha de multivacinação quer estimular procura por postos
Até o dia 22 de setembro, todas as imunizações consideradas “obrigatórias” serão oferecidas nos postos de saúde para estimular a população a atualizar as cadernetas. A ação está focada em crianças e adolescentes de até 15 anos, e a recomendação é que outros grupos só busquem os postos depois, para evitar sobrecarga do sistema.
Ao todo, 350 mil profissionais estão envolvidos na campanha. Foram disponibilizadas 14 milhões de doses extras de vacinas. Até agora, já haviam sido distribuídas 143,9 milhões de doses.
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Foto: Luiza Garonce/G1
Duas vezes mais mulheres do que homens perdem interesse em sexo após o casamento, indica estudo
Segundo pesquisa britânica que entrevistou mais de 5 mil homens e 6 mil mulheres, falhas de comunicação e falta de conexão emocional seriam as principais razões para perda de interesse
Por BBC
As mulheres têm mais que o dobro de probabilidade que os homens de perder o interesse em sexo no casamento, sugere um estudo sobre a sexualidade dos britânicos. A pesquisa indica que, apesar de tanto homens quanto mulheres perderem o desejo sexual com a idade, as mulheres são mais afetadas por relacionamentos mais longos.
No total, 15% dos homens e 34% das mulheres entrevistados disseram ter perdido o interesse no sexo por três meses ou mais no ano anterior.
Para os homens, a falta de interesse era maior entre as idades de 35 a 44 anos, enquanto para as mulheres o ápice era entre os 55 e os 64 anos.
De maneira geral, problemas de saúde e a falta de uma proximidade emocional afetam o desejo sexual de homens e mulheres.
As conclusões foram baseadas na experiência de quase 5 mil homens e 6,7 mil mulheres segundo uma pesquisa publicada no jornal científico “BMJ Open”. Os pesquisadores britânicos envolvidos na pesquisa afirmaram que a falta de desejo sexual deveria ser tratada levando em consideração a pessoa como um todo em vez de simplesmente usar medicamentos.
‘Dor e sofrimento’
De acordo com a terapeuta sexual Ammanda Major, perder o interesse no sexo não é necessariamente anormal e há vários motivos diferentes para as mudanças nas necessidades de homens e mulheres. Segundo os pesquisadores envolvidos na pesquisa, da Universidade de Southampton e University College London, não há evidências de que a menopausa seja um fator para as mulheres.
No entanto, eles descobriram que ter filhos pequenos em casa era especialmente desestimulante para as mulheres. Problemas de saúde física e mental, falhas de comunicação e uma falta de conexão emocional durante o sexo eram as principais razões para homens e mulheres perderem o interesse.
Cinco dicas para reacender o interesse no sexo
Na Pesquisa Nacional de Atitudes e Estilos de Vida Sexuais na Grã-Bretanha, aqueles que achavam “sempre fácil falar sobre sexo” com seu parceiro tinham menos probabilidade de dizer que perderam o interesse. Já aqueles cujo parceiro tinha dificuldades sexuais ou os que estavam menos felizes em suas relações tinham maior probabilidade de dizer que haviam perdido o interesse no sexo em algum ponto da relação, afirmaram os pesquisadores.
Entre as mulheres, o estudo descobriu que “não compartilhar o mesmo nível de interesse sexual que o parceiro e não ter as mesmas preferências sexuais” também era um fator para a perda de interesse no sexo. Cynthia Graham, professora de saúde sexual e reprodutiva da Universidade de Southampton, disse que as descobertas aumentaram o entendimento do que está por trás da falta de interesse no sexo e como tratá-la.
“Isso realça a necessidade de lidar e – se necessário – tratar problemas de desejo sexual de uma maneira holística e específica em termos de relacionamento e gênero”.
Graham acrescentou que esse não é um problema que pode ser resolvido apenas com uma pílula. “É importante olhar além dos antidepressivos”, disse Graham. A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) recentemente aprovou a primeira droga voltada para aumentar a libido feminina, a flibanserin, apelidada de “viagra feminino”.
“Sexo é algo muito importante e falar sobre isso pode ser constrangedor. Mas conversar muitas vezes é a melhor coisa que você pode fazer para melhorar a sua vida sexual.”
Realidade brasileira
O estudo a nível nacional mais recente feito no Brasil indicou que há uma diferença entre homens e mulheres em relação à frequência ideal de relações sexuais por semana. A pesquisa Mosaico 2.0, feita pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), concluiu que o número ideal de relações por semana para as mulheres seria três vezes, enquanto para os homens seriam oito.
Por outro lado, sexo foi considerado essencial para ambos os gêneros – 95,3% dos entrevistados afirmaram que o sexo é importante ou muito importante para a harmonia de um casal. Desses 95,3%, 96,2% eram homens e 94,5%, mulheres. A pesquisa ouviu 3 mil participantes com idade entre 18 e 70 anos.
Foto: Pixabay/CC0 Creative Commons
Quase toda a água potável do mundo tem plástico. E a sua saúde?
Conversamos com um especialista no assunto para entender como a descoberta sobre a presença de microplásticos na água afetaria o seu bem-estar
Por Giovana Feix, do Saúde é Vital
Na semana passada, você deve ter ouvido falar de uma descoberta assustadora: levantamento da organização Orb Media encontrou plástico (sim, plástico) em 83% da água potável à qual temos acesso no mundo. E olha que o problema é bastante “democrático”: afeta de Estados Unidos a Líbano, por exemplo.
“Enquanto a poluição do esgoto é mais frequente em países pobres, o microplástico não respeita nível socioeconômico”, reitera Paulo Saldiva, médico especialista em saúde ambiental e ecologia aplicada e diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. Agora é a hora de entender essa história.
No Brasil
Os cientistas recrutados para o estudo — da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos — analisaram a água de vários pontos do planeta, inclusive do nosso país. Por aqui, o jornal Folha de S. Paulo foi o responsável por coletar dez garrafas com água da torneira de diferentes regiões paulistanas e os enviar para experts. As análises nacionais estão restritas à capital paulista.
De acordo com o relatório final, 90% das amostras verde-amarelas continham fibras plásticas em sua composição.
Aquela com maior concentração do material veio da zona oeste da cidade, seguida por uma da região do Parque Ibirapuera e por outra das proximidades do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
E eu com isso?
Saldiva explica que o fato de outros poluentes já serem jogados no meio ambiente — como a fumaça dos carros, por exemplo —, não justifica tratar essa descoberta recente como algo normal. Ora, embora faltem pesquisas do efeito da exposição em seres humanos, alguns achados iniciais preocupam.
Exemplo: um estudo da universidade inglesa de Exeter conclui que a exposição a esses compostos, apesar de raramente ser letal, pode afetar o crescimento e a fertilidade em animais. Já outro, esse da Universidade da Carolina do Norte (EUA), revela que essas partículas são tóxicas para a espécie Palaemonetes paludosus, o camarão grama. Mas é importante reforçar que experimentos em bichos devem ser interpretados com cautela.
A grande questão, na realidade, é estarmos tão expostos a um componente artificial do qual sabemos tão pouco. “É como se a gente estivesse vivendo um experimento ecológico”, contextualiza Saldiva. De acordo com ele, devemos ficar atentos às próximas descobertas e pressionar por trabalhos que investiguem a ação dos microplásticos a longo prazo na saúde humana.
O que fazer
No Brasil, o líquido analisado pela pesquisa, o que sai da torneira, é comumente usado para cozinhar. Os plásticos presentes ali, portanto, acabam sendo aquecidos na maioria das vezes — o que poderia agravar a situação.
Saldiva faz uma comparação com o bisfenol A, componente de alguns plásticos que interfere na nossa produção hormonal. “Em mamadeiras de baixa qualidade, por exemplo, ele é liberado quando aquecido”, diz.
Os dados globais do trabalho atestam que até a água filtrada pode carregar essas moléculas. Elas foram encontradas em garrafas e também no líquido que passa por um método chamado de osmose reversa, empregado em alguns aparelhos domésticos de filtragem. Assim, é possível que os equipamentos disponíveis no mercado não deem conta do recado.
Enquanto as autoridades não entendem melhor o microplástico, qual a alternativa? “Parar de produzir e comprar tanto plástico”, sugere Saldiva. “Ou, então, desenvolvermos sistemas de descarte mais responsáveis”. O que será que o futuro nos guarda?
Foto: Dercílio/SAÚDE é Vital