fbpx

Doze casos de poliomielite foram registrados em 2017, informa OMS

Em outubro, é lembrado o Dia Mundial contra a Pólio. Na luta pela erradicação, doença persiste em três países: Nigéria, Paquistão e Afeganistão. Brasil não registra casos desde 1990


Por G1

Há quase 30 anos, em 1988, quando a Organização Mundial da Saúde se integrou ao programa mundial de erradicação da poliomielite, 10 crianças se tornavam paralíticas por conta do vírus a cada 15 minutos no mundo. Hoje, 12 casos foram registrados em todo o planeta em 2017, informa a OMS. Para a entidade, a erradicação está próxima, mas a luta deve persistir — já que a poliomielite, uma doença infecciosa causada por um vírus, leva à paralisia incurável e comprometeu a qualidade de vida de milhares de pessoas em todo o mundo desde o aumento do número de casos, no início do século XX.

No mundo, apenas três países não erradicaram a poliomielite — Nigéria, Paquistão e Afeganistão. Nesses lugares, informa a Organização Mundial de Saúde, a doença está controlada, mas mais esforços são necessários para garantir a vacinação. As informações são da Organização Mundial da Saúde e foram divulgadas nesta quarta-feira (24), em razão do Dia Mundial contra a Pólio. “Estamos perto do nosso objetivo [de erradicação], mas ainda temos muito o que fazer”, diz Mohammed Mohammedi, coordenador do programa de erradicação da polio da OMS, em nota.

A expectativa da OMS é que a pólio seja a próxima doença a ser erradicada no mundo — depoís da Varíola, a única condição considerada erradicada hoje. A tarefa é complexa porque, mesmo depois de vários países erradicarem a doença, casos remanescentes acabam por provocar endemias de tempos em tempos. Em 2014, por exemplo, a OMS chegou a declarar emergência de saúde pública.

Dificuldades e estratégias para a erradicação

Mesmo com o vírus restrito a três países, outros estão sob vigilância constante para a possível volta do patógeno, como é o caso da Somália. “Pobreza, conflitos e um sistema de saúde fraco faz com que as taxas de vacinação no país sejam baixas”, diz nota da OMS.

Para garantir a vacinação, a OMS conta com uma rede de trabalhadores e voluntários para assegurar a entrega da dose para cada criança, não raro, mais de uma vez, até que elas desenvolvam a imunidade total. A entidade também tem duas estratégias principais:
1) Procurar por sintomas da polio – muitas vezes um braço ou perna com flexibilidade fora do normal – para garantir que a criança seja testada para o vírus e políticas de controle sejam colocadas em curso.
2) Vacinar todas as crianças e não dar chance para que o vírus tenha lugar para se esconder — “só quando todas as crianças estiverem imunizadas, o vírus desaparecerá”, diz a entidade.

Pólio no Brasil e homenagem
O Brasil não registra casos desde 1990. Em 1994, o país recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o Certificado da Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem. No entanto, apesar da erradicação ter sido feita há 28 anos, o Brasil mantém a vacina no calendário nacional.

No Dia Mundial de luta contra a Pólio, na quarta-feira (24) , o Ministério da Saúde recebeu homenagem da instituição Rotary International, que financia programas de erradicação da doença. O artista plástico, Darlan Rosa, criador do personagem Zé Gotinha, também foi homenageado.

Foto: OMS

Opções de privacidade