Confira as indicações do teste que avalia a qualidade do sono e diagnostica distúrbios como a apneia
Por Chloé Pinheiro, do Saúde é Vital
A polissonografia é um exame não invasivo que mede a atividade respiratória, muscular e cerebral (além de outros parâmetros) durante o sono. As informações são coletadas por sensores espalhados pelo corpo e analisadas por computadores que transformam os dados em padrões que descrevem em detalhes como é o descanso do indivíduo.
Para que serve
Para investigar possíveis distúrbios do sono. Geralmente é solicitado quando há sintomas como sonolência diurna excessiva, distúrbios respiratórios como roncos e apneia, alterações do ritmo cardíaco e síndrome das pernas inquietas. A polissonografia também flagra doenças como insônia, sonambulismo, bruxismo, terror noturno, narcolepsia e pode ser útil até no diagnóstico de fibromialgia.
Como é feita
A pessoa vai dormir na clínica, em uma sala monitorada e confortável, com os sensores fixados pelo corpo de maneira que não atrapalhem a movimentação durante a noite. Tudo para não interferir no sono e na coleta de informações.
Em alguns casos, pode ser feita a polissonografia domiciliar, tecnologia relativamente nova que leva o teste à casa de quem não consegue dormir fora, por exemplo. O exame dura o mesmo tempo de uma noite de sono. Ou seja, oito horas em média (entendeu o recado?!).
Os resultados
O especialista interpreta os registros da máquina. Como o sono é dividido em fases com características próprias, como movimentação dos olhos diferentes, o profissional leva em conta as particularidades de cada um desses estágios. A movimentação do corpo, o tempo efetivamente dormido, as batidas do coração, despertares noturnos e outras intercorrências também são contabilizadas.
Periodicidade
A polissonografia não faz parte de qualquer programa de checkup. Ela só costuma ser solicitada quando há suspeita de algum distúrbio.
Principais cuidados e contraindicações
Se o indivíduo estiver gripado, febril ou com tosse, o ideal é reagendar a prova. Como preparação, não devem ser ingeridos bebidas alcoólicas ou com cafeína por 48 e 7 horas antes do exame, respectivamente.
Os cabelos precisam estar limpos, sem gel ou cremes para melhor fixação dos sensores. E a cabeça pode descansar no próprio travesseiro trazido de casa.
Fontes: Shigueo Yonekura, neurologista do Instituto de Medicina e Sono de Campinas e Piracicaba
Foto: Bruno Marçal/SAÚDE é Vital