Entenda o que é a ELA, doença degenerativa que paralisou o cientista Stephen Hawking
Físico foi exemplo de resistência à esclerose lateral amiotrófica, à qual sobreviveu por cinco décadas, superando todas as previsões
O físico Stephen Hawking, morto nesta quarta-feira (14), aos 76 anos, além de cientista notável, foi um dos mais conhecidos portadores da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Diagnosticado aos 21 anos, ele conseguiu sobreviver à doença por décadas, seguindo com sua carreira. A causa da morte do inglês ainda não foi divulgada.
Por causa da ELA, em certo ponto, Hawking só conseguia mover um dedo e os olhos voluntariamente. A cadeira de rodas e a crescente dificuldade para se comunicar não o impediram de continuar com suas pesquisas, já que sua capacidade intelectual permaneceu intacta.
Hawking usava um sintetizador eletrônico para falar. A voz robótica produzida pelo aparelho para expressar suas ideias acabou se tornando não só uma de suas marcas registradas como foi constantemente ouvida e respeitada no mundo todo.
Para produzir sua “fala”, o físico formava as palavras em uma tela com o movimento dos olhos, também usado para movimentar sua cadeira de rodas.
Ao anunciarem seu diagnóstico, os médicos disseram que ele tinha apenas alguns anos de vida.
Degenerativa
De caráter progressivo, a ELA afeta os neurônios responsáveis pelos movimentos do corpo e causa a perda do controle muscular.
Além de ser uma doença ainda sem cura, a esclerose amiotrófica tem um diagnóstico difícil. São necessários cerca de 11 meses para detectar a doença.
A dificuldade existe porque não há nenhum exame de laboratório que indique alguma substância no sangue ou marcador de precisão para detectar a doença.
Sintomas
Os pacientes costumam sentir como primeiros sintomas problemas para respirar, dificuldades para falar, engolir saliva ou comida, além da perda de controle da musculatura das mãos ou atrofia muscular da perna. O raciocínio intelectual e os sentidos do corpo permanecem normais.
Após os primeiros sintomas, o paciente tem, em média, uma sobrevida de três anos e meio. Como consequência dos problemas no funcionamento dos músculos da respiração, os pacientes podem ter infecções pulmonares que levam à morte.
Estima-se que apenas 10% dos casos de esclerose lateral amiotrófica tenham causas genéticas. A doença é mais comum em pessoas entre 50 e 70 anos e é muito rara a ocorrência em jovens.
Os únicos tratamentos que existem buscam retardar a evolução da doença. No Brasil, há medicação oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas segundo especialistas na doença, na maioria dos casos ela só é fornecida quando o paciente já perdeu cerca de 50% dos neurônios motores.
Foto: Joel Ryan / Invision / AP Photo (Arquivo)
SUS vai oferecer novo tratamento para a hepatite C
Relatório estima que introdução do elbasvir com grazoprevir gere economia de até R$ 87 milhões aos cofres públicos no primeiro ano de adoção
O Sistema Único de Saúde passou a oferecer gratuitamente um novo medicamento para a hepatite C. Trata-se da combinação de duas substâncias (elbasvir e grazoprevir) que tratam os tipos 1 e 4 do vírus.
A decisão foi publicada nesta quinta-feira (15) no Diário Oficial da União. O medicamento estará disponível em 180 dias a partir dessa data.
Em comparação com outros tratamentos disponíveis, a introdução da droga no país pode gerar uma economia de 68 a 87 milhões de reais no primeiro ano de adoção, informa relatório de comitê que avaliou a nova droga.
O medicamento inibe a reprodução do vírus da hepatite C para que haja menos cópias no organismo e, com isso, menos sintomas associados. O índice de resposta é de acima de 90%.
Os efeitos colaterais mais comuns do medicamento foram fadiga e cefaleia. Reações mais graves (anemia e AVC) foram reportadas em menos de 1% dos pacientes.
O medicamento tem nome comercial de Zepatier e é produzido pela Merck, que tem sede nos Estados Unidos. A droga também está disponível no sistema de saúde do Reino Unido — que, como o SUS, também é universal.
No Brasil, estima-se que existam entre 1,4 e 1,7 milhões de pessoas com hepatite C crônica e que ocorram cerca de 10 mil novos casos por ano, informa o Ministério da Saúde.
Foto: Divulgação
Termina nesta sexta a campanha de vacinação contra a febre amarela em São Paulo e mais 53 cidades
Sete milhões de pessoas foram vacinadas em todo o estado de São Paulo, 76% da meta
Por G1 SP, São Paulo
Esta sexta-feira (16) é o último dia da campanha de vacinação contra a febre amarela na capital e mais 53 cidades do estado de São Paulo. O prazo chegou a ser prorrogado pelo Governo do Estado por queda da busca pela vacina nos postos de vacinação do estado.
De acordo com um balanço divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, sete milhões de pessoas foram vacinadas no estado, 76% da meta de 9,2 milhões pessoas.
No estado, foram 326 casos de febre amarela confirmados e 116 pessoas morreram. Na capital, oito casos foram confirmados e quatro pessoas morreram. Em Guarulhos, na Grande São Paulo, 14 pessoas morreram em decorrência da doença.
Parques
Zoológico de SP, Zoo Safári e Jardim Botânico , na Zona Sul da cidade de São Paulo, foram reabertos às 9h desta quinta-feira (15), após exames constatarem que a presença do vírus da febre amarela foi classificada como fato isolado, restrito e de baixo risco de transmissão.
Os parques foram fechados no dia 23 de janeiro após um macaco bugio ter sido encontrado morto e diagnosticado com febre amarela.
A Secretaria do Meio Ambiente afirmou que a população de macacos e mosquitos foi examinada e não há evidência da circulação de vírus de forma ampla e contínua.
Com a reabertura dos três parques, a capital mantém 29 parques fechados por precaução contra a febre amarela.
Foto: Reprodução
Autoridades da Cirurgia Plástica se reúnem no auditório da Anadem para tratar sobre especialidade
Discussão sobre o produto Cirurgia Segura gerou diversos debates, no evento realizado na noite desta quinta-feira (15)
O Cirurgia Segura, a judicialização da medicina – com viés para a cirurgia plástica – e a relação médico-paciente foram discutidas na noite de ontem (16), em um evento promovido pela Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética) e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) – Regional Distrito Federal. O encontro aconteceu na sede da Anadem.
Participaram do evento o presidente da Anadem, Raul Canal, o presidente da SBCP-DF, Dr. Lúcio Marques, o ex-presidente da SBCP Nacional, Dr. Luciano Chaves, e diversas outras autoridades da medicina e advocacia.
Logo no início do encontro, Canal fez uma explanação de 30 minutos sobre o Cirurgia Segura e as intercorrências cirúrgicas vivenciadas no primeiro ano de vigência do produto. Com isso, surgiram outros debates em cima do tema. “Em mais de duras horas, esclarecemos dúvidas, acatamos sugestões e compartilhamos experiências. Foi uma excelente e promissora oportunidade”, comentou Canal.
NÚMEROS – Segundo dados da SBCP, no ano passado as intervenções para fins reconstrutores ou puramente estéticos avançaram 23% e 8%, respectivamente, em comparação ao ano de 2014. O número representa a importância da discussão sobre o tema, por isso, nos próximos meses será feita uma reunião cientifica entre a Anadem e a regional Brasília da SBCP na sede da Associação Médica de Brasília (AMBr).