Esclerose múltipla: novo tratamento já era usado contra outras doenças

Uma medicação antiga utilizada no tratamento de AVC e asma se mostrou eficaz ao silenciar certos casos da doença

Por Saúde é Vital

Por mais que as opções de remédios contra essa desordem tenham se multiplicado nos últimos anos, ainda existem alguns casos de esclerose múltipla de difícil controle. A falta de boas medicações é sentida principalmente na forma progressiva, marcada pelo avanço contínuo dos sintomas. “Esse subtipo costuma se iniciar em indivíduos mais velhos, a partir dos 45 ou 50 anos”, explica o neurologista Denis Bichuetti, da Universidade Federal de São Paulo.

Mas o cenário pode mudar em breve: o medicamento ibidulast, disponível há décadas no Japão para tratar AVC e asma, chamou a atenção ao reduzir danos cerebrais num estudo com 255 pacientes, publicado no periódico The New England Journal of Medicine.

Agora, ele será avaliado em um grupo maior de voluntários para ver se os bons resultados se repetem.

Os tipos de esclerose

Como funcionam os tratamentos atuais

 

Ilustração: Otávio Silveira/SAÚDE é Vital

Tecnologias dão esperança para quem perdeu a capacidade de andar

Pesquisas chegam a próteses mais leves e reabilitação feita com ajuda de robôs.

Por G1

Velocidade acima dos limites, ausência de cinto de segurança e beber e dirigir são as principais causas de acidentes de trânsito, que por sua vez são a maior causa de lesões medulares no Brasil, ao lado de outros traumas, como lesões medulares por mergulho em águas rasas.

Para falar sobre o assunto, o Bem Estar desta sexta-feira (28) recebeu o fisiatra da AACD-SP Marcelo Ares e o médico radiologista coordenador do projeto de reabilitação do Hospital do Amor Daniel Marconi.

Não basta receber uma prótese, é preciso preparo para recebê-la e passar por reabilitação para usá-la. O caminho para andar com uma prótese de membros inferiores envolve desde a preparação para uma amputação correta, quando ela pode ser planejada, preparação da parte da perna que receberá a prótese (como condicionamento), reabilitação do quadril e de outras estruturas do corpo, entre outras medidas, além de auxílio de uma equipe multidisciplinar para aprender a usar o equipamento. Uma simples meia de silicone pode tornar o uso da prótese mais confortável.

Realidade e pesquisa

Um dos principais avanços na reabilitação é o uso de robôs que auxiliam o paciente na fisioterapia, por exemplo. Eles já são realidade em alguns centros de estudo. Ainda dentro do que é realidade há próteses cada vez mais leves, com maior mobilidade e para múltiplos usos, mas o custo ainda é uma barreira.

A eletroestimulação por meio de implante de eletrodos na medula, reestabelecendo a comunicação com o sistema nervoso central, é uma linha de pesquisa hoje, assim como transplante de nervos para substituir os que foram rompidos. Exoesqueletos são espécies de robôs vestidos pelo paciente e que se comunicam com o sistema nervoso central para fazer o movimento. Algumas das barreiras dessa linha que ficou bastante famosa na penúltima Copa são como captar os comandos do cérebro e fazer o movimento funcional, que permita autonomia em diferentes situações. Além disso, as estruturas ainda são extremamente pesadas.

Outro desafio são os estudos com células tronco. A dificuldade é que as células nervosas que comandam o andar são muito específicas e ainda não se conseguiu que se “transformem” nessas células tão especiais.

 

Foto: Parksidetraceapartments