Maio Roxo alerta para o diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais
Médico aborda os sintomas e as consequências de retocolite ulcerativa e doença de Crohn, dois problemas que abalam o intestino
Por Saúde é Vital
As doenças inflamatórias intestinais (DII) são alterações estruturais que provocam uma inflamação crônica no aparelho digestivo. As principais são a retocolite ulcerativa inespecífica e a doença de Crohn. A primeira atinge apenas o intestino grosso, enquanto a segunda pode comprometer principalmente o intestino delgado, o grosso e o canal anal.
Acredita-se que mais de 5 milhões de pessoas são acometidas pelas DII no mundo – e essa incidência está em ascensão. Elas são mais frequentes nos países desenvolvidos e principalmente no mundo ocidental, embora, desde o final do século 20, o número de casos tenha aumentado na Ásia, na América Latina e no Oriente Médio devido à industrialização e ocidentalização dos hábitos nesses locais.
Nós não temos estatísticas oficiais no Brasil, porém sabemos que nos últimos anos os episódios de doenças inflamatórias intestinais estão aumentando. No Sudeste e no Sul do país, concentram-se 80% dos pacientes com essas enfermidades.
As DII não têm cura, mas o diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações e minimizar os sintomas. Para conscientizar a população sobre a importância de detectar esses problemas no início, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia realiza anualmente a campanha Maio Roxo.
Os sintomas das doenças inflamatórias intestinais
As DII ainda são de causa desconhecida e, na maioria das vezes, acometem indivíduos entre 15 e 50 anos. Suas manifestações são diversas, mas os sintomas mais frequentes incluem:
- Dor abdominal
- Diarreia com muco e sangue
- Emagrecimento
- Em alguns casos, fístulas anais com saída de secreção purulenta
O diagnóstico é baseado na história do paciente e em avaliações físicas no consultório. Exames como colonoscopia, estudo radiológico do trânsito intestinal, tomografia computadorizada e ressonância magnética também podem entrar em cena.
Não existe prevenção para as doenças inflamatórias intestinais. Isso aumenta a relevância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
O tratamento inicial geralmente é clínico e envolve diferentes medicações, que variam para cada paciente e sua evolução. Nos quadros mais graves, uma cirurgia pode ser necessária.
Um dos avanços mais recentes é o emprego da terapia biológica. Essa linha de tratamento conta com medicamentos que diminuem a resposta inflamatória. Eles têm tido bons resultados no tratamento das doenças inflamatórias intestinais, apesar do alto custo e de não serem isentos de efeitos adversos.
Ilustração: Jonatan Sarmento/SAÚDE é Vital
Dieta ajudaria no combate à depressão
Novas evidências reforçam o papel da alimentação no alívio dos sintomas da tristeza profunda
Por Saúde é Vital
Embora o conhecimento sobre o impacto da alimentação na saúde mental seja relativamente recente, há fortes motivos para encarar o prato como passaporte para uma vida mais feliz. A nova prova vem de uma revisão de 16 estudos recém-publicada, que envolveu, no total, quase 46 mil pessoas.
No trabalho, observou-se que qualquer tipo de melhora na alimentação — como reduzir gorduras, cortar calorias ou simplesmente investir em comida mais nutritiva — aliviou os sintomas depressivos entre os participantes.
“Segundo o estudo, os participantes continuavam com o transtorno, mas o quadro se mostrava menos grave”, explica o educador físico Felipe Schuch, da Universidade Federal de Santa Maria (RS), um dos autores.
A hipótese é que um menu equilibrado resultaria em menos inflamação no organismo — algo intimamente ligado à doença. Segundo Schuch, mexer no cardápio também ajudaria a proteger as pessoas com depressão contra problemas aos quais estão mais sujeitos, como diabetes e doenças cardiovasculares.
A melhor dieta contra a depressão
Muitos estudos indicam que a mediterrânea é a escolha ideal. Veja o que ela oferta:
- Peixes:
Salmão, sardinha e atum são exemplos de peixes com ômega-3, gordura de ação anti-inflamatória. - Azeite:
É fonte de gorduras monoinsaturadas, positivas para a cabeça. Sem falar nas substâncias antioxidantes. - Oleaginosas:
Castanhas, nozes e companhia concentram selênio, zinco e gorduras boas, um time pró-cérebro. - Verduras e frutas:
Além de vitaminas e minerais, carregam fibras, que equilibram a microbiota. A cuca sai ganhando.
E os suplementos?
Há quem pense que o jeito mais simples de angariar nutrientes contra a depressão seja por meio de cápsulas. Mas uma análise publicada há pouco no jornal científico Jama sugere que a estratégia não é eficaz. Nela, 512 pessoas com sobrepeso tomaram suplementos de ômega-3, ácido fólico, vitamina D, cálcio e selênio por um ano. Após esse tempo, a pílula não impediu a instalação da depressão.
Ilustração: Ana Cossermelli | Foto: Alex Silva/A2 Estúdio
Secretário de Cultura do DF recebe presidente da Anadem para aprovação de pautas
Adão Candido discutiu com Raul Canal uma agenda de eventos culturais e científicos para a capital federal
ANDREW SIMEK
Em um encontro amistoso, realizado nesta terça-feira (21) na Biblioteca Nacional, o Secretário de Cultura do DF, Adão Candido, discutiu com o presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética) e da ALACH (Academia Latino Americana de Ciências Humanas), Raul Canal, diversas pautas relacionadas à Cultura do Distrito Federal.
Também participaram da reunião o vice-presidente da ALACH, Dr. Paulo Roberto de Castro, o secretário geral, Dr. Carlos Araújo de Souza, e a diretora de eventos, Waynne Costa. A ideia, segundo Canal, é somar forças para acelerar trabalhos como a revitalização do Teatro Nacional, fechado há pelo menos cinco anos, e criar uma agenda de eventos culturais e científicos.
“No mês que vem teremos o Simpósio de Gestão de Riscos Assistenciais e Segurança do Paciente, promovido pela Anadem em parceria com o COFEN (Conselho Federal de Enfermagem) e a IPA (International Police Association), que será realizado no auditório do Museu Nacional. Queremos trazer mais eventos como esse para Brasília”, comentou Canal.