Jogadores de 80 anos de idade podem realizar tarefas de modo parecido ao de uma pessoa 50 anos mais jovem, avaliam pesquisadores
Por Galileu
Jogar videogame é um passatempo popular entre adolescentes, mas os idosos também não devem ficar de fora: um novo estudo mostrou que os jogos podem manter o cérebro mais jovem.
Segundo pesquisadores da Austrália e dos Estados Unidos, gamers de 70 a 80 anos de idade podem realizar multitarefas de modo similar a pessoas até 50 anos mais jovens. Isso porque a experiência proporcionada pelos jogos mantêm o cérebro mais jovem, melhorando funções cognitivas na velhice.
“Nós descobrimos que pessoas em idades superiores que completaram treinos eram capazes de aumentar a habilidade cerebral para alternar entre tarefas em um jogo”, explicou Mark Steyvers, da Universidade da Califórnia, em comunicado.
Os pesquisadores analisaram dados do jogo Ebb and Flow, da plataforma online Lumosity, que trabalha a interpretação de formas e movimentos. Entre 1 milhão de usuários que jogaram o game de 2012 a 2017, foram selecionadas cerca de 1 mil pessoas para a pesquisa.
Os participantes escolhidos foram divididos em duas categorias: de idades de 21 a 80 anos que tinham completado menos de 60 partidas; e de 71 a 80 anos, que tinham jogado pelo menos em 1 mil sessões. Com isso, foi descoberto que os idosos que passavam mais horas com o game tinham um desempenho igual ou maior do que a dos jogadores mais novos que não jogavam muito.
Embora o desempenho fosse inferior quando os mais velhos jogavam com os jovens que praticavam pelo menos 10 partidas, os pesquisadores acreditam que os games possam ajudar a manter a cognição até a velhice. Além disso, o cérebro seria treinável para aumentar o desempenho intelectual.
“Avanços médicos e de estilo de vida estão nos permitindo viver mais”, afirmou Steyvers. ” É importante acrescentar a saúde cerebral nessa equação. Nós mostramos que com manutenção constante, a juventude cognitiva pode ser retida até os nossos ‘anos dourados’.”
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