Analfabetismo duplicaria o risco de demência na velhice
Estudo revela que quem não sabe ler e escrever está muito mais sujeito a um desenvolver algum mal neurodegenerativo, como Alzheimer
Por Saúde é Vital
“Mesmo se tiver pouco tempo de educação formal, uma pessoa alfabetizada apresenta vantagens para a saúde em comparação com outra sem essas habilidades.” Essa é a conclusão de Jennifer Manly, neuropsicóloga da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, após analisar 983 idosos. Todos passaram menos de quatro anos na escola, mas, entre eles, 237 nem conseguiam formar palavras e frases no papel.
Resultado: 48% dos indivíduos analfabetos sem uma demência no início da pesquisa manifestaram o problema depois de quatro anos. O número caía para 27% (ou quase metade) naqueles que sabiam ler e escrever.
“Essas capacidades permitem fazer atividades que desenvolvem o cérebro, como ajudar crianças com a lição de casa”, exemplifica Jennifer.
Para além da doença
A alfabetização não se limita a reduzir o risco de um mal neurodegenerativo. No trabalho americano, os participantes que conseguiam redigir uma sentença também obtinham notas mais altas em testes de linguagem, raciocínio e aprendizado.
Dito de outra maneira, seus neurônios estavam mais afiados para diferentes tarefas do dia a dia.
Mais educação, mais saúde
Um enorme levantamento batizado de Pure — que tem a participação de brasileiros como Álvaro Avezum, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP) — indica que baixos níveis educacionais são a principal causa de morte no mundo, superando questões como pressão alta e poluição.
Sem formação, fica complicado se prevenir de doenças, acessar bons sistemas de saúde…
Foto: SasaJo/Getty Images
Capes abre inscrição para projetos de combate a epidemias
Prazo para inscrição vai até 30 de abril
Por Agência Brasil
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) abriu hoje (6) as inscrições de projetos no edital do Programa de Combate às Epidemias. As inscrições são direcionadas aos alunos de Programas de Pós-Graduação (PPGs) que estudam epidemiologia, infectologia, microbiologia, imunologia, bioengenharia e bioinformática.
O prazo de inscrição é dia 30 de abril. Serão financiadas até 30 iniciativas. Serão até 18 bolsas para pós-doutorado e 12 para doutorado. Serão disponibilizados R$ 345 mil em custeio de verba de capital.
O objetivo do programa é incentivar o desenvolvimento de estudos inovadores de prevenção, diagnóstico e estratégias terapêuticas para doenças infecciosas, seus agentes e vetores, além de contribuir para o desenvolvimento de equipamentos de Proteção Individual (EPI) para profissionais de saúde e de tecnologias e mecanismos para monitoramento, mapeamento e controle de surtos, endemias, epidemias e pandemias.
Segundo o consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Julival Ribeiro, a iniciativa da Capes não é para o combate ao novo coronavírus, e sim para a prevenção de epidemias futuras. “Não sabemos quando teremos outra pandemia de gripe, mas ela virá. Investindo agora em projetos para estudar inquérito epidemiológico, desenvolvimento de diagnósticos e formas de tratamentos, entre outros temas, nossa academia estará muito mais forte para dar respostas a futuras pandemias”.
Foto: Reuters