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Estudo nos EUA aponta que mortalidade de bebês negros é menor quando o médico também é negro

Pesquisadores analisaram mais de 1,8 milhão de nascimentos. Ainda não é possível estabelecer relação causal, diz coautor da pesquisa

 

Por G1

 

Um estudo publicado pela National Academy of Sciences dos Estados Unidos aponta que a mortalidade de bebês negros é maior quando eles são acompanhados por médicos brancos.

Segundo o levantamento, o índice de mortalidade de bebês negros é três vezes maior do que brancos. No entanto, quando essas crianças são atendidas por médicos negros o número de mortes cai pela metade.

Pesquisadores das universidades George Mason, Harvard e do Minnesota acompanharam o nascimento de mais de 1,8 milhão de crianças no estado da Flórida entre os anos de 1992 e 2015, identificando a raça do médico responsável pelo parto.

O estudo apontou também que a menor taxa de mortalidade de recém-nascidos negros ocorreram em hospitais que habitualmente realizam partos de crianças negras.

A mortalidade infantil de crianças brancas não apresentou diferença por conta da raça do médico responsável pelo parto.

Em entrevista ao jornal “USA Today”, Brad Greenwood, coautor do estudo e professor da Universidade George Mason, informou que ainda não é possível definir o motivo pelo qual o índice de mortalidade é menor por médico e paciente.

Rachel Hardeman, também coautora, pesquisadora em saúde reprodutiva e professora da Universidade de Minnesota, afirma que as grandes diferenças na mortalidade infantil são resultados, provavelmente, do legado do racismo estrutural.

Segundo ela, mulheres negras são menos saudáveis ​​e correm maior risco de apresentarem problemas de saúde durante a gravidez por causa do racismo e da desvantagem socioeconômica.

Segundo dados de Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, até o ano de 2017 a mortalidade de bebês negros era duas vezes maior do que bebês brancos, asiáticos e hispânicos.

 

Foto: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=71609444

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