Taxa de transmissão da Covid-19 está em 1,04 no Brasil, aponta Imperial College

A estimativa significa que cada 100 pessoas infectadas no país contaminam outras 104

 

Por G1

 

A taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil está em 1,04, aponta o monitoramento do Imperial College de Londres, no Reino Unido, divulgado nesta terça (5), que leva em conta os dados coletados até a segunda-feira (4). Isso significa que cada 100 pessoas com o vírus no país infectam outras 104.

Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (Rt de até 1,26) ou menor (Rt de 0,92). Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 126 ou 92, respectivamente.

Os cientistas apontam que “a notificação de mortes e casos no Brasil está mudando; os resultados devem ser interpretados com cautela”.

Em novembro, a taxa de transmissão chegou a 1,30, a maior desde o fim de maio.

Simbolizado por Rt, o “ritmo de contágio” é um número que traduz o potencial de propagação de um vírus: quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança.

Números no Brasil

O Brasil tem mais de 196,5 mil mortes por coronavírus e mais de 7,7 milhões de casos confirmados, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

O número de mortes é o segundo maior do mundo – atrás apenas dos Estados Unidos, que têm mais de 350 mil óbitos.

 

Foto: JN

Transplantes de fígado e rim no DF crescem em 2020, apesar da pandemia

Transplantes de fígado e rim no DF crescem em 2020, apesar da pandemia

 

Por Agência Brasil

 

Mesmo com a pandemia do novo coronavírus (covid-19) e a reorganização do sistema de saúde, no Distrito Federal cresceram os transplantes de fígado e de rim. No caso de outros órgãos, houve queda nos procedimentos.

Foram realizados 100 transplantes de fígado em 2020 – em 2019 foram 92 – e os de rim foram 80 – em 2019 foram 78.

Já os transplantes de coração caíram de 29 para 22 e os de córnea sofreram uma redução de 408 para 221 em 2020.

Ao longo de 2020, houve um foco das autoridades de saúde em organizar os sistemas de atendimento para atender a demanda de casos e de tratamento de pessoas com a covid-19, o que impactou outras áreas e procedimentos.

Segundo a chefe do Núcleo de Distribuição de Órgãos e Tecidos da Central de Transplantes do DF, Ludmila Santos Lamounier, nesse cenário de pandemia foi um feito importante o aumento dos transplantes de fígado e rim.

Ela credita o aumento de transplantes à continuidade do trabalho da central e de seus profissionais. “Apesar da pandemia, que restringiu um pouco, foi positivo. Isso também considerando que doadores e receptores com a covid-19 não podiam fazer o transplante. Mas mesmo assim conseguiu aumentar o número”, disse Ludmila.

Para além da restrição de pessoas com a covid-19, houve outros impactos nas cirurgias de transplantes. Em razão da pandemia, algumas equipes deixaram de ir buscar órgãos fora do Distrito Federal, ficando apenas com a oferta local de órgãos doados.

No caso do transplante de córnea, o fato da operação não ser de emergência fez com que houvesse uma diminuição maior do número de procedimentos. Diferentemente dos demais, em que os órgãos precisam ser repassados logo após uma morte encefálica, no transplante de córnea a operação pode ser agendada e adiada.

Ludimila Lamounier disse que, diferentemente de outras áreas, na Central de Transplantes do DF não houve deslocamento de profissionais para reforçar as equipes de atendimento de outras unidades para ajudar no tratamento contra a covid-19.

Para este ano, a perspectiva, segundo a chefe do Núcleo da Central de Transplantes do DF é um novo aumento, mesmo diante da permanência da pandemia. “Um dos desafios é o trabalho da campanha de doação de órgãos. Outro é a manutenção do trabalho junto com a Central Nacional de Transplantes e os hospitais transplantadores”, ressalta.

 

Foto: Agência Brasil