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Vacinas de mRNA reduzem casos assintomáticos de Covid-19, aponta estudo

Tecnologia dos imunizantes da Pfizer/BioNTech e da Moderna com RNA mensageiro demonstrou reduzir em 80% o risco de se infectar pela doença e não apresentar sintomas

Por Revista Galileu

As vacinas contra Covid-19 provocam uma resposta imunológica que, espera-se, evite internações e UTIs lotadas. Porém, isso não significa que a pessoa vacinada está totalmente imune a contrair e transmitir o vírus Sars-CoV-2, mesmo sem sintomas. Mas, segundo um estudo feito por pesquisadores norte-americanos, o risco é bem menor se o imunizante for do tipo que usa o RNA mensageiro (RNAm).

A pesquisa, publicada no jornal Clinical Infectious Diseases na última quarta-feira (10), revela que 10 dias após pacientes serem vacinados com duas doses de imunizantes de RNAm eles ficam, em média, 80% menos propensos a testarem positivo e serem assintomáticos do que se não tivessem sido imunizados.

O RNA mensageiro é uma molécula que leva instruções para a síntese de proteínas e cria anticorpos contra o vírus. Exemplos de vacinas que usam essa tecnologia são as das farmacêuricas Pfizer/BioNTech e Moderna, ambas sediadas nos Estados Unidos.

A alternativa é diferente do método usado, por exemplo, na vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. Nesse caso, um vírus atenuado ou inativo é inserido no organismo a fim de estimular a resposta imune. Já as vacinas com RNA mensageiro “ensinam” as células a sintetizarem a proteína spike, a mesma utilizada pelo coronavírus para entrar nas células.

No estudo, os pesquisadores analisaram 39 mil pacientes, que foram testados entre 7 de dezembro de 2020 a 8 de fevereiro de 2021, em triagens realizadas antes de tratamentos não relacionados à Covid-19, como cirurgias.

Entre o total dos exames, 3 mil testes eram de pessoas que receberam ao menos uma dose de uma vacina de RNA mensageiro. Os dados vieram da instituição médica Mayo Clinic, no Arizona, e da Mayo Clinic Health System, em Minnesota.

Em comunicado, o autor principal da pesquisa, Aaron Tande, especialista em doenças infecciosas da Mayo Clinic, conta que pacientes sem sintomas que haviam recebido ao menos a primeira dose da vacina Pfizer/BioNTech apresentaram probabilidade 72% menor de testar positivo para o novo coronavírus. Já entre aqueles que haviam tomado duas doses, esse índice foi 73% menor.

Mas os pesquisadores tiveram que ajustar os resultados, incluindo também a vacina da Moderna e outras variáveis, chegando a um risco 80% menor de contrair a doença e ser assintomático.

“A vacinação de Covid-19 com uma vacina baseada em RNA mensageiro mostrou uma associação significativa com um risco reduzido de infecção assintomática por Sars-CoV-2”, concluem os autores, na pesquisa.

Foto: NIAID

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