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Tecnologia brasileira pode agilizar diagnóstico de doenças degenerativas

Nanodispositivo desenvolvido por pesquisadores do CNPEM é capaz de detectar a dopamina, um neurotransmissor relacionado a doenças como Alzheimer e Parkinson

Por Revista Galileu

Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), desenvolveram um dispositivo capaz de detectar substâncias como a dopamina, neurotransmissor associado a doenças neurodegenerativas, incluindo Parkinson e Alzheimer.

A tecnologia baseia-se em um transistor orgânico, componente eletrônico com três terminais que serve para amplificar um sinal elétrico fraco e controlar cargas de maior potência. Dois dos três contatos são cobertos por um filme — neste caso foi utilizado um filme orgânico nanométrico sobre o transistor, que teve como objetivo identificar a presença da dopamina em meio líquido.

A escolha pelo material de espessura medida em nanômetros se deu para permitir a dopagem eletroquímica, processo que observa a penetração de íons através do filme e também o acúmulo de cargas em sua superfície, que tem contato direto com o meio líquido — como sangue, suor ou urina.

“O nosso desafio é sempre reduzir ao máximo o limite de detecção”, afirma Carlos Cesar Bof Bufon, um dos autores do estudo, em comunicado. “Pretendemos testar essa altíssima sensibilidade no reconhecimento de outros marcadores biológicos”, diz o pesquisador. Isto é, o dispositivo tem potencial para aprimorar o desenvolvimento de diagnósticos e prognósticos graças à identificação de informações como os níveis de substâncias biológicas em amostras líquidas de pacientes.

Publicada no início de junho na revista Advanced Materials, a pesquisa contou com a infraestrutura do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) do CNPEM, onde os cientistas criaram ambientes extremamente pequenos para os experimentos com os transistores. Os dispositivos foram colocados dentro de tubos de diâmetro três vezes menor que o de um fio de cabelo, compostos por filmes metálicos chamados de nanomembranas.

Foto: Divulgação/CNPEM

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