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Variante P.5: o que se sabe sobre a cepa do Sars-CoV-2 descoberta no RJ

Primeira identificação da variante ocorreu no município fluminense de Porto Real, que é vizinho ao estado de São Paulo, onde 19 infecções pela cepa já foram registradas

Por Revista Galileu

Uma nova variante do Sars-CoV-2, chamada de P.5, foi identificada no Rio de Janeiro. Confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), a descoberta ocorreu em abril, por meio do monitoramento genômico da Rede Corona-Ômica-RJ, que detectou a nova cepa no município de Porto Real, divisa com o estado de São Paulo.

Os pesquisadores apontam que a variante recém-descoberta é originária da linhagem B.1.1.28, que já circula no Brasil inteiro desde meados de 2020. A nova cepa tem a mesma estrutura da original, porém sofreu mutações na proteína spike — estrutura que permite ao vírus a se ligar às células humana para infectá-las.

A P.5 é mais perigosa?
Em comunicado enviado por e-mail a GALILEU, a SES afirma que “até o momento, não é possível afirmar que a P.5 seja mais letal ou transmissível”. Já se sabe que o caso inicial foi detectado em uma pessoa durante uma coleta de rotina e que o indivíduo passa bem.

“Vamos avaliar o impacto de virulência. Ela não me parece ser agressiva. O paciente está bem, em casa e a SES não tem informação se ele contraiu o vírus em viagem”, contou Alexandre Chieppe, secretário de estado de Saúde, à CNN.

Onde a cepa já circula?
Um total de 19 casos da variante P.5 já foram localizados no estado de São Paulo; no Rio de Janeiro, seis pessoas foram infectadas, sendo cinco em Porto Real e uma no município de Barra Mansa.

Os dados coletados no monitoramento, porém, mostram que a cepa mais comum no estado fluminense continua sendo a P.1, detectada originalmente em Manaus e conhecida como Gama pela nomenclatura da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Desde novembro de 2020, também notou-se “baixa frequência” da variante Alfa (B.1.1.7), classificada como de preocupação e registrada primeiro no Reino Unido. E ainda houve redução de incidência da P.2, outra cepa descoberta no Rio de Janeiro.

Algo muda na prevenção?
A recomendação da SES é que, independentemente da cepa do vírus ou linhagem, a população continue a adotar medidas de proteção contra o coronavírus, tal como o uso de máscaras e álcool em gel, a lavagem das mãos e o isolamento social.

“É importante os municípios continuarem avançando no processo de vacinação contra a Covid-19 e que a população retorne para receber a segunda dose. Apenas assim é possível alcançar a completa eficácia da vacina. Estudos mostram que todas as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes contra as variantes identificadas até o momento”, diz a pasta, em nota.

O novo estudo que identificou a P.5 faz parte de uma parceria entre a SES, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj); o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC); o Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ; o Laboratório Central Noel Nutels, da Fiocruz; a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Foto: NIAID

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