A vacina da Pfizer-BioNTech é altamente eficaz contra a variante Delta do coronavírus, disse uma autoridade israelense da Pfizer nesta quinta-feira.
Por Uol Viva Bem
Identificada primeiramente na Índia, a Delta está se tornando a versão dominante do coronavírus em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Os dados que temos hoje, acumulados de pesquisas que estamos realizando no laboratório e incluindo dados destes locais onde a variante indiana, Delta, substitui a variante britânica como variante comum, indicam que nossa vacina é muito eficaz, cerca de 90%, na prevenção da doença do coronavírus, Covid-19”, disse Alon Rappaport, diretor médico da Pfizer em Israel, à Rádio do Exército.
Um porta-voz da Pfizer não respondeu de imediato a um pedido de comentário quando solicitado a dar maiores detalhes.
Israel, cuja campanha de vacinação é uma das mais avançadas do mundo e utiliza em grande parte a vacina da Pfizer-BioNTech, ainda não tem dados suficientes para lançar luz sobre a eficácia da vacina contra a variante Delta, disse Sharon Alroy-Preis, chefe de saúde pública do Ministério da Saúde israelense.
“Estamos coletando os dados agora. Só agora estamos vendo os primeiros casos da variante Delta em Israel —cerca de 200—, então saberemos mais em breve”, disse ela aos repórteres na quarta-feira.
Uma análise da Saúde Pública da Inglaterra (PHE), onde a variante Delta está mais disseminada, descobriu que as vacinas Pfizer-BioNTech e da AstraZeneca oferecem mais de 90% de proteção contra hospitalizações decorrentes da variante Delta.
Em Israel, mais da metade dos 9,3 milhões de habitantes já receberam as duas doses da vacina da Pfizer, e uma queda acentuada de casos levou à suspensão da maioria das restrições econômicas.
Mas os casos confirmados aumentaram nos últimos dias, e autoridades de saúde têm feito um apelo aos pais para que vacinem os filhos de 12 a 15 anos, que ganharam permissão para se inocular neste mês.
Alroy-Preis disse que cerca de 65% da população israelense está protegida da Covid-19, seja pela vacinação ou por ter se recuperado da doença, uma cifra que disse ainda estar longe de proporcionar uma “imunidade de rebanho”.
Foto: Dado Ruvic/Reuters