Saúde vai fazer estudo para avaliar eficácia da 3ª dose da CoronaVac
Doze mil voluntários participarão da pesquisa
Por Agência Brasil
O Ministério da Saúde anunciou hoje (28) que iniciará estudo para avaliar a eficácia da aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19 CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, vinculado ao governo de São Paulo.
A pesquisa será realizada em parceria com a Universidade de Oxford, do Reino Unido. Nela, será analisada a possibilidade de aplicação de outras vacinas como 3ª dose para quem tomou as duas primeiras da CoronaVac.
A principal pesquisadora, Sue Anne Clemens, da instituição britânica, afirma que serão analisados casos de uso da terceira dose com diferentes imunizantes, de outras farmacêuticas.
“Vamos vacinar pessoas que já tenham tomado duas doses da CoronaVac, seis meses depois da segunda dose. Temos quatro grupos [de estudo]: um com reforço da CoronaVac, outros com Janssen, Pfizer e AstraZeneca”, diz.
Segundo a pesquisadora da Universidade de Oxford, o estudo serviria para subsidiar uma nova estratégia de vacinação. Contudo, a pesquisadora e o Ministério não explicaram que nova estratégia seria esta e por que a necessidade de intercambialidade para quem tomou duas doses da CoronaVac.
Segundo o Ministério da Saúde, 12 mil voluntários participarão da pesquisa.
Foto: Agência Brasil
Espinafre é segredo para uma vida longa e saudável, apontam estudos
Pesquisas confirmam o que nossas mães sempre souberam: que o espinafre traz saúde e força
Por Hypeness
O espinafre é de fato um vegetal capaz de trazer sabor às nossas refeições, bem como benefícios diversos à nossa saúde. Uma série de estudos recentes, porém, mostram que, mais do que uma simples fonte de ferro e vitaminas, o espinafre é um superalimento, capaz de prolongar nossas vidas e trazer melhorias para praticamente todas as partes do corpo. Em suma, a ciência comprova que Popeye tinha razão em eleger tais folhas verdes como fonte de poderes – se não exatamente uma força descomunal, sim uma vida longeva e saudável.
A começar pela perda de peso: segundo estudo publicado na revista Appetite, adicionar espinafre ao cardápio pode ajudar quem busca emagrecer. No experimento, o consumo de espinafre reduziu consideravelmente a compulsão alimentar, e promoveu um aumento de 43% na perda de peso propriamente durante o período do estudo. O mesmo efeito acontece em quem busca reduzir a pressão arterial, e outra pesquisa publicada na revista Clinical Nutrition Research mostra que o consumo de espinafre – em sopa, no experimento – ao longo de sete dias reduziu a pressão e a rigidez arterial.
E os benefícios mal começaram: um dos mais recentes levantamentos científicos sobre o tema, publicado em 2021, mostra que o espinafre traz outras melhorias cardíacas aos apreciadores de suas folhas. Publicado na European Journal of Epidemiology, mostra que o consumo diário da planta pode reduzir o risco de doenças cardíacas em 26%, diminuindo possibilidade de infartos, derrames e falências cardíacas. Do coração para os olhos, um estudo registrado na revista Investigative Ophtalmology & Visual Science confirma que, muito mais do que as famosas cenouras, o espinafre oferece quantidades abundantes de Zeaxantina, uma substância que combate a degeneração da visão.
Por fim, mas não menos importante, um estudo recente comprovou que o consumo dessa verdadeira comida mágica protege o corpo contra um possível quadro de câncer colorretal como efeito da luteína, um carotenoide abundante no vegetal que é antioxidante e que também faz bem à vista. Alguns desses tantos incríveis efeitos do consumo regular do espinafre sobre a saúde humana foram levantados em reportagem do site Eat This, Not That, que pode ser lida aqui em inglês.
Foto: Reprodução
Casos de demência quase triplicarão no mundo todo até 2050, diz estudo
Em 2050, 16% da população mundial terá pessoas com mais de 65 anos. Isso se compara a 8% em 2010, de acordo com o Instituto americano do Envelhecimento
Por Isto É
O total global de pessoas que vivem com demência aumentará quase três vezes até 2050, segundo pesquisa da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. Casos devem aumentar de cerca de 57,4 milhões em 2019 para cerca de 152,8 milhões em 2050, impulsionados principalmente pelo crescimento e envelhecimento da população.
“Isso enfatiza a necessidade vital de pesquisas focadas na descoberta de tratamentos modificadores da doença e intervenções eficazes de baixo custo para a prevenção ou retardo do início da demência”, disse a pesquisadora Emma Nichols, da Escola de Medicina da Universidade de Washington.
Em 2050, 16% da população mundial terá pessoas com mais de 65 anos. Isso se compara a 8% em 2010, de acordo com o Instituto Nacional do Envelhecimento dos Estados Unidos.
Os pesquisadores disseram que os maiores aumentos na demência devem ocorrer no leste da África subsaariana, no norte da África e no Oriente Médio.
Embora as tendências positivas no acesso à educação em todo o mundo devam resultar em 6,2 milhões de casos de demência a menos até 2050, o tabagismo, o excesso de peso e o alto nível de açúcar no sangue devem aumentar os casos em 6,8 milhões.
As projeções, que vão de 1999 a 2019, são baseadas em dados do estudo Global Burden of Disease (GBD), um conjunto de estimativas de tendências de saúde em todo o mundo.
As descobertas foram apresentadas na terça-feira em uma reunião da Associação de Alzheimer, realizada em Denver e online. A pesquisa apresentada em reuniões é normalmente considerada preliminar até ser publicada em um periódico revisado por pares.
“As melhorias no estilo de vida de adultos em países desenvolvidos e outros lugares – incluindo o aumento do acesso à educação e maior atenção aos problemas de saúde cardíaca – reduziram a incidência nos últimos anos, mas o número total de demências ainda está aumentando devido ao envelhecimento da população. população “, disse Maria Carrillo, diretora científica da Associação de Alzheimer.
“Além disso, a obesidade, o diabetes e o estilo de vida sedentário em pessoas mais jovens estão aumentando rapidamente e são fatores de risco para a demência”, acrescentou ela em um comunicado à imprensa.
Nichols disse que essas estimativas ajudariam os formuladores de políticas e tomadores de decisão a entender melhor os aumentos esperados na demência e o que os está causando.
Sua equipe usou os mesmos dados para estimar que as taxas de mortalidade da doença de Alzheimer aumentaram 38% em todo o mundo entre 1990 e 2019. Esse estudo foi publicado no ano passado no Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association .
Carrillo disse que os números crescerão além de 2050 sem tratamentos eficazes para parar, desacelerar ou prevenir o Alzheimer e toda a demência. Isso afetará indivíduos, cuidadores, sistemas de saúde e governos.
“Além da terapêutica, é fundamental descobrir intervenções adaptadas culturalmente que reduzem o risco de demência por meio de fatores de estilo de vida, como educação, dieta e exercícios”, disse Carrillo.
Foto: Reprodução/Pexels
Hábito de tomar café pode reduzir risco de arritmia, diz estudo
A bebida sempre gerou desconfiança quando o assunto é o impacto no coração. Mas está cada vez mais claro que o consumo moderado é protetor
Por Veja Saúde
Vira e mexe o café é ligado a benfeitorias à saúde – desde que apreciado com moderação. No ano passado, um estudo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e do Instituto Norueguês de Saúde Pública, encontrou uma relação entre tomar a bebida e uma maior expectativa da vida – com vantagens para o tipo filtrado. Agora, dados publicados no periódico Jama Internal Medicine sugerem que o café teria um efeito protetor quando o assunto é arritmia cardíaca.
Apesar de algumas limitações, trata-se de uma pesquisa robusta. Os quase 400 mil participantes foram selecionados a partir de um banco de dados genético britânico, o UK Biobank, o que colabora para uma diversidade de pessoas envolvidas.
“Eles buscaram homens e mulheres com idade média de 56 anos e com diferentes variações genéticas. Isso porque há organismos que metabolizam melhor a bebida, outros menos”, avalia Olga Ferreira de Souza, cardiologista da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj). “Em algumas pessoas, o café pode aumentar o automatismo das células do coração, elevando a frequência cardíaca”, exemplifica a médica.
Em aproximadamente três anos, 16 979 dos participantes desenvolveram a arritmia. Mas, ao cruzar os dados, os cientistas notaram que, para cada xícara adicional de café consumida, o risco de o problema dar as caras caía 3%.
Na prática, esses dados podem mudar o comportamento do médico ao abordar doenças cardíacas. “Sempre se recomendou aos pacientes com algum grau de arritmia que deixassem de tomar café, mas nunca houve uma evidência robusta sobre o assunto. Uma pesquisa antiga americana chegou a apontar que 79% dos cardiologistas sugeriam interromper ou reduzir o consumo da bebida”, conta a expert da Socerj.
Não é de hoje que o café fica cada vez mais distante da lista de vilões para o peito. Alguns estudos menores já indicavam que sua influência poderia ser neutra ao coração. “Esse estudo dá o primeiro sinal de que não é preciso proibi-lo quando se investiga uma arritmia, a não ser que o indivíduo relate que sente palpitação após consumir a bebida. Ou seja, não é preciso generalizar tanto”, afirma Olga.
A máxima de que todo abuso pode prejudicar o organismo deve ser levada em conta antes de encher a próxima caneca. “O ideal é consumir de três a cinco xícaras por dia. É uma bebida com potencial antioxidante, que promove bem-estar. O problema é tomar 10 ou até 15 doses por dia. Com certeza o exagero vai gerar desconforto e alterações na saúde”, pontua a cardiologista.
Limitações
Esse estudo avaliou apenas o consumo de café, o que não inclui produtos que possuem cafeína em sua composição, como energéticos, chocolate e refrigerantes à base de cola. A pesquisa também não indicou qual o melhor tipo da bebida (coado ou expresso, por exemplo) e dependeu apenas do relato dos entrevistados.
Quais os riscos da arritmia?
A arritmia é quando o coração bate de forma descompassada. Há aquelas de menor risco e as que podem provocar uma morte súbita. “Elas se diferenciam pela origem no coração, nos átrios ou ventrículos, pela gravidade e pelo mecanismo de ação”, explica Olga. As mais frequentes são as que ocorrem nos átrios, como a fibrilação atrial, que é vista como uma epidemia no mundo, segundo a cardiologista.
“A vida moderna e os fatores de risco que carregamos, como hipertensão, diabetes, tabagismo e exagero na bebida, estão relacionados à doença”, relata Olga. “É como uma atividade elétrica desordenada do coração, capaz de levar a um acúmulo de sangue no átrio e a formação de um coágulo. Este pode chegar ao cérebro e causar um AVC [acidente vascular cerebral]”, completa a médica.
Há tratamento, mas o problema é que, em 30% dos casos, a condição não dá sintomas. Assim, muita gente nem chega a saber que tem a doença. Daí a importância de realizar um checkup cardiológico, que contempla avaliações do ritmo cardíaco e da anatomia do coração.
“É fundamental que as pessoas aprendam a verificar o pulso e procurem um especialista sobretudo se tiverem histórico familiar. Os portadores da doença devem fazer checkups constantes”, reforça Olga, que inclusive falará sobre fibrilação atrial no 38º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), que ocorrerá entre 9 e 12 de agosto.
Foto: Dercilio/SAÚDE é Vital
Covid-19 pode acelerar doença de Alzheimer, revela novo estudo
Para estudar a presença desses marcadores em pacientes idosos hospitalizados com covid-19, os pesquisadores coletaram amostra de plasma de 310 pessoas que deram entrada no hospital universitário e testaram positivo para Sars-CoV-2
Por Correio Braziliense
A infecção por covid-19 está associada ao aumento nos biomarcadores de Alzheimer no sangue, segundo um estudo apresentado, ontem, na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer. De acordo com os autores, da Universidade de Nova York, isso significa que pacientes que se recuperaram da doença infecciosa podem apresentar sinais do mal neurodegenerativo.
Biomarcadores são substâncias que, no sangue, indicam a presença de uma doença. No caso do Alzheimer, vários são conhecidos, como a proteína tau, a proteína de ácido fibrilar e dois tipos de beta amiloide — todos esses indicadores de lesão no cérebro e neuroinflamação, características da enfermidade. Para estudar a presença desses marcadores em pacientes idosos hospitalizados com covid-19, os pesquisadores coletaram amostra de plasma de 310 pessoas que deram entrada no hospital universitário e testaram positivo para Sars-CoV-2. Dessas, 158 apresentavam sintomas neurológicos e 152, não.
Em pacientes que eram, inicialmente, cognitivamente normais, mas que apresentaram sintomas neurológicos associados à covid, os pesquisadores encontraram níveis mais elevados de alguns biomarcadores de Alzheimer, comparado àqueles que não relataram sintomas relacionados ao cérebro. “Essas descobertas sugerem que os pacientes que tiveram covid-19 podem ter uma aceleração dos sintomas e patologia relacionados ao Alzheimer”, disse o neurologista Thomas Wisniewski, principal autor do estudo. “No entanto, mais pesquisas longitudinais são necessárias para estudar como esses biomarcadores impactam a cognição em indivíduos que tiveram covid-19”, complementou.
Má condição física
Outro estudo apresentado na mesma conferência indicou que pessoas recuperadas da covid que apresentaram declínio cognitivo são mais propensas a ter má condição física e baixa saturação de oxigênio. George Vavougios, pesquisador de pós-doutorado da Universidade de Thessaly, estudou o comprometimento cognitivo e indicadores de saúde associados em 32 pacientes, dois meses após a alta hospitalar.
Desses, 56,2% apresentaram declínio cognitivo. Comprometimentos de memória de curto prazo e de múltiplos domínios foram os padrões predominantes. Após o ajuste para idade e sexo, os piores escores de memória e raciocínio foram independentemente associados a níveis mais baixos de saturação de oxigênio durante o teste de caminhada de seis minutos, comumente usado para avaliar a capacidade funcional de pessoas com doença cardiopulmonar. “Um cérebro privado de oxigênio não é saudável, e a privação persistente pode muito bem contribuir para as dificuldades cognitivas”, disse Vavougios.
Foto: BrianLananna/Divulgação