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Inteligência artificial melhora diagnóstico de câncer de mama em 37%

Segundo estudo, tecnologia ajudou médicos a aprimorar a identificação correta do tumor e reduziu em 27% o número de biópsias desnecessárias

Por Revista Galileu

A inteligência artificial pode ajudar os radiologistas a ler os exames de ultrassom de mama com maior precisão, descobrir sinais reais de câncer e evitar a realização de biópsias desnecessárias. Essa é a opinião de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, que realizaram um estudo com um programa de computador treinado para identificar padrões entre milhares de imagens de ultrassom de mama.

Desenvolvido para auxiliar os radiologistas, o software de inteligência artificial — testado em 44 755 imagens de ultrassom — aumentou em 37,3% a identificação correta do tumor e reduziu em 27,8% o número de biópsias desnecessárias para confirmar o diagnóstico. Os dados foram publicados no periódico Nature Communications.

De acordo com os autores, o ultrassom pode ser uma ferramenta alternativa de rastreamento do câncer de mama por usar ondas sonoras de alta frequência que penetram no tecido mamário denso e distinguem as células saudáveis de tumores malignos compactos. Os pesquisadores destacam ainda que esse tipo de exame é mais barato do que a mamografia.

Ultrassom versus mamografia

Na opinião da mastologista Natália Polidorio, da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o ultrassom pode até ter o custo menor, mas não é mais preciso que a mamografia.

“É um ótimo método complementar para o rastreamento de câncer de mama, mas ainda não se mostrou capaz de substituir a mamografia”, diz Natália. “O estudo relata que, ao utilizar a inteligência artificial para classificar as imagens captadas por especialistas, a taxa de falso-positivos e a indicação de biópsias desnecessárias caíram. É uma melhora, mas ainda não supera a performance da tradicional mamografia”, complementa.

A inteligência artificial é um instrumento a mais para aprimorar a precisão, mas que não substitui a ação do especialista. Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores pretendem aprimorar o software de inteligência artificial com a inclusão de informações adicionais do paciente, como histórico familiar e mutações genéticas ligada à doença.

Câncer de mama

Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de mama responde por cerca de 30% dos casos novos de todos os tumores em mulheres. Desconsiderando o câncer de pele, ele é o tipo mais comum entre elas no Brasil.

O sintoma mais frequente é o aparecimento de um nódulo — geralmente indolor, duro e irregular. Outros indicativos são edema (inchaço) na pele, retração cutânea, dor, descamação do mamilo e secreção papilar (substância secretada pelos mamilos em um período fora da gestação ou do puerpério).

(Fonte: Agência Einstein)

Foto: National Cancer Institute/Unsplash

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