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Vacinação contra Covid pode prolongar ciclo menstrual em um dia, diz estudo

Mudança é considerada normal e foi observada em um grupo de cerca de 2,4 mil mulheres vacinadas que utiliza o aplicativo Natural Cycles para acompanhar a menstruação

Por Revista Galileu

Mulheres que receberam a vacina contra Covid-19 observaram um leve atraso — de quase um dia — em seu ciclo menstrual, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (5) no jornal Obstetrics and Gynecology.

A demora relatada para a menstruação, segundo os pesquisadores, está dentro da normalidade. A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia classifica uma variação na duração do ciclo como normal se ela for inferior a oito dias.

Além disso, o estudo, que foi financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH), não apontou nenhuma mudança na intensidade do sangramento e no número de dias totais de menstruação.

Os autores da pesquisa consideraram dados de mais de 3,9 mil mulheres, extraídos de um aplicativo de rastreio de fertilidade, o Natural Cycles, onde as usuárias organizamas informações sobre seus próprios ciclos. Desse total, havia cerca de 2,4 mil participantes vacinadas — a maioria com as vacinas da Pfizer e da Moderna — e outras 1,5 mil não vacinadas.

Entre as mulheres imunizadas, a avaliação foi dos três ciclos menstruais consecutivos antes da vacinação e de mais três ciclos posteriores, incluindo o ciclo em que a vacinação ocorreu. Já entre as não vacinadas, os dados foram coletados por seis ciclos consecutivos.

Em média, a primeira dose da vacina foi associada a um atraso de 0,71 dias na menstruação e a segunda dose a 0,91 dias, em usuárias imunizadas ao longo de dois ciclos menstruais. Não foi observada nenhuma mudança significativa nas mulheres não vacinadas.

Já entre participantes que tomaram duas doses no mesmo ciclo menstrual, a demora foi de dois dias. Porém, essa alteração pareceu diminuir nos próximos ciclos. “É reconfortante que o estudo tenha encontrado apenas uma pequena mudança menstrual temporária nas mulheres”, aponta Diana W. Bianchi, diretora do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano Eunice Kennedy Shriver do NIH, em comunicado.

Bianchi acrescenta que poucas pesquisas foram realizadas sobre a relação entre vacinas e a menstruação. Ela acredita que os novos resultados sejam uma oportunidade de aconselhar as mulheres para que elas possam se planejar adequadamente e saibam o que esperar da vacina contra a Covid-19.

Foto: Karolina Grabowska/Pexels