Academia Brasileira de Odontologia empossa presidente da Anadem como acadêmico honorário

Canal foi o único não dentista a ser nomeado durante cerimônia na Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2022 – No dia do cirurgião-dentista, o presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), Raul Canal, foi nomeado acadêmico honorário da Academia Brasileira de Odontologia (AcBO). A cerimônia foi realizada hoje no Palácio Pedro Ernesto (Câmara Municipal do Rio de Janeiro). Canal foi o único não dentista a ser empossado nesta celebração.
Além do presidente da Anadem, outros oito profissionais foram nomeados para o quadro da Academia. São cinco acadêmicos honorários – dentistas com mais de 70 anos e profissionais de outras áreas que tenham realizado serviços importantes para a Odontologia – e quatro membros efetivos.
Raul Canal reforça a importância da instituição para o aprimoramento do ensino e de procedimentos odontológicos no Brasil. “É uma honra fazer parte da Academia, que preza pela qualidade e seriedade das ações da Odontologia no Brasil e que há mais de 70 anos promove a união dos profissionais de todo o País”, disse.
A ACADEMIA
A AcBO reúne a elite da Odontologia no Brasil e conta com 100 dentistas nomeados para o cargo vitalício na instituição. Foi fundada em 1949 por docentes da então Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e agrega professores e cirurgiões-dentistas de todas as unidades da Federação.

Congresso de Ginecologia e Obstetrícia apresenta avanços e aprimoramentos científicos da área; Anadem marca presença
Evento realizado em Aracaju/SE reuniu 300 participantes e contou com cursos e premiações ligadas à saúde da mulher
ENZO BLUM
O XIV Congresso Sergipano de Ginecologia e Obstetrícia, realizado pela Associação de Obstetrícia e Ginecologia de Sergipe (Sogise), apresentou debates sobre ginecologia, obstetrícia e mastologia, durante os dias 21 e 22 deste mês, e reuniu médicos ginecologistas, obstetras, médicos residentes, profissionais da área de enfermagem e acadêmicos.
“Prevenção de processos judiciais em ginecologia e obstetrícia”, “Bioestimulação injetável e preenchimento com ácido hialurônico” e “Cirurgia preservadora de fertilidade no tratamento do câncer de colo uterino – papel da conização” foram alguns dos tópicos apresentados.
Durante o Congresso, passaram pelo estande da Anadem os representantes comerciais Igo Matos e Raquel Lima; e o conselheiro jurídico e científico da Anadem Dr. Hilton Porto. O simpósio aconteceu no Delmar Hotel, em Aracaju (SE).
Conselho Federal de Medicina suspende resolução que restringiu uso de canabidiol
Decisão foi tomada em reunião extraordinária do CFM nesta segunda (24). Antes da decisão, entidades criticaram a resolução e apontaram que há comprovação científica para o tratamento de diversas doenças e condições clínicas com o canabidiol.
Por g1
O Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu nesta segunda-feira (24) suspender “temporariamente” a resolução que restringiu a atuação dos médicos na prescrição de medicamentos de cannabis. A decisão que foi “sustada” pelo CFM permitia que o derivado da cannabis só poderia ser usado para tratar alguns quadros de epilepsia.
De acordo com fontes ligadas ao tema ouvidas pelo g1, a decisão foi tomada pelos integrantes do plenário do CFM em uma reunião extraordinária realizada nesta manhã.
A resolução anunciada na sexta-feira (14) foi amplamente criticada por diversos setores. Médicos e entidades apontam que existe comprovação científica para o tratamento com canabidiol de diversas doenças e condições clínicas.
Depois das críticas e ainda antes de anunciar a suspensão dos efeitos da medida, o CFM decidiu abrir uma consulta pública para receber contribuições de toda a população sobre o tema. As sugestões podem ser feitas a partir desta segunda até 23 de dezembro por meio do site da entidade ww.portal.cfm.org.br.
Notas contra a resolução
Na semana passada, cinco entidades assinaram uma nota conjunta contra a resolução: a Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (ABIQUIFI), a Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (ABIFINA), a Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde (ABIFISA), a Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (Abracro) e a Associação Brasileira das Indústrias de Canabinoides (BRCann).
Um dos pontos defendido pelas entidades é o bem-estar de quem já faz o tratamento e obtém bons resultados. O manifesto critica inclusive a proibição de que médicos mencionem esse tipo de tratamento em palestras e cursos sobre o tema.
A Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC) também divulgou nota contra a resolução do CFM e pediu a revogação da medida. “A arbitrária outorga dessa nova resolução (…) traz diferentes tipos de prejuízos. (…) Recomendamos ao CFM a revogação dessa nova resolução”, escreveu a SBMFC.
Decisão contra o que já é praticado
A nova resolução do CFM, que atualiza a versão de 2014, tinha como objetivo disciplinar a atuação dos médicos. No caso, impondo restrições. Ela proíbe que sejam receitados “quaisquer outros derivados (da cannabis sativa) que não o canabidiol”, bem como apresenta um novo artigo no qual diz que é “vedado” aos médicos prescrever o canabidiol para outras doenças além da epilepsia, exceto se o tratamento fizer parte de estudo científico.
A decisão vai contra o que é atualmente praticado até mesmo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que o Ministério da Saúde compra medicamentos com canabidiol para várias patologias, inclusive para autismo.
Repercussão no Senado
Entre os parlamentares que questionaram a decisão está a senadora Mara Gabrilli (PSDB), que apresentou ao Senado um projeto de decreto legislativo (PDL 361/2022) para derrubar a decisão.
Em um vídeo em suas redes sociais, Mara alerta que a mudança é um retrocesso.
“Essas restrições redundam em graves prejuízos a pacientes que fazem uso da cannabis medicinal, ou que poderiam vir a fazer. Só em 2021, 70 mil medicamentos foram importados à base de cannabis, com canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC), todos autorizados pela Anvisa para tratar epilepsia, Parkinson, esclerose múltipla, artrite, autismo, no alívio de dores crônicas ou causadas por cânceres, para ansiedade e tantos outros males”.
A deputada Sâmia Bomfim (PSOL) e Paulo Teixeira (PT) também se manifestaram contra a nova resolução, assim como os deputados federais Daniel Coelho (Cidadania) e Alex Manente (Cidadania), que protocolaram um Projeto de Decreto Legislativo para a cassação da resolução, alegando inconstitucionalidade.
Em entrevista ao g1, a diretora executiva da Apoio a Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal (APEPI) Margarete Brito disse que a resolução é um revés. “Temos aqui na associação um grande número de idosos com Alzheimer, Parkinson e dores crônicas que utilizam. São 4 mil associados que utilizam óleos de cannabis, e 50% são idosos”, afirma.
Foto: Profissão Repórter