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Atendimentos psicológicos crescem 27% entre beneficiários de planos

Por Medicina S/A

Criada em 2014, a campanha ”Janeiro Branco” tem o objetivo de mobilizar a sociedade em favor da saúde mental, diminuindo o estigma em torno do tema e promovendo a possibilidade de promoção do cuidado psíquico nos indivíduos e na sociedade. No Brasil, os planos de saúde têm tido um papel importante nesse desafio, aponta a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), representante de grandes operadoras do mercado.

A entidade alerta que os atendimentos de saúde mental pelos planos de saúde cresceram 27% entre 2019 e 2021, quando foram registradas 37 milhões de consultas, sessões e internações relacionadas à saúde mental. Cerca de 85% desses procedimentos (31,2 milhões) foram sessões de psicoterapia e terapia ocupacional, que avançaram 33% desde 2019, conforme dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A FenaSaúde destaca, ainda, que a telessaúde foi extremamente importante para suprir essa demanda no período da pandemia. A Lei nº 13.989/2020, que dispunha sobre o uso da telemedicina durante a crise causada pelo coronavírus, foi revogada e desde 28 de dezembro de 2022 está vigente da Lei nº 14.510, que autorizou em caráter definitivo a prática da telessaúde em todo o território nacional para todas as profissões de saúde regulamentadas. Desde o início da pandemia, as associadas à FenaSaúde realizaram mais de 11 milhões de teleconsultas, inclusive para suporte à saúde mental.

As internações psiquiátricas cobertas por planos de saúde, incluindo hospital dia, ultrapassaram 221 mil, um aumento de 4,7%. Também foram registradas, em 2021, 5,3 milhões de consultas psiquiátricas, número estável em relação a 2019, conforme últimos dados disponibilizados pela ANS. De acordo com um resumo científico divulgado em março de 2022 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a evolução dos transtornos mentais é uma tendência global intensificada pela pandemia. Só em 2020, no primeiro ano da Covid-19, a prevalência global de ansiedade e depressão, por exemplo, aumentou em 25%.

Foto: Reprodução/Medicina S/A

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