Outros 1 881 municípios estão em estado de alerta para as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Veja a lista completa e saiba o que fazer
Por Saúde é Vital
Por meio de um método que avalia a infestação do Aedes aegypti, o Ministério da Saúde anunciou que 504 cidades brasileiras estão em risco considerável de sofrer com surtos de doenças provocadas por esse mosquito. Estamos falando de dengue, zika, chikungunya e, eventualmente, a febre amarela.
Foram 5 538 municípios examinados – o que representa 96,2% de todas as cidades brasileiras. O método adotado pelo governo investiga a infestação desse inseto em diferentes regiões, o que permite até analisar quais os principais criadouros dele (falaremos disso mais para a frente).
Além das 504 cidades que realmente vão mal das pernas, outras 1 881 estão em sinal de alerta. Nesses casos, a situação não é tão grave, porém preocupa.
Todas as capitais foram avaliadas. Confira os resultados abaixo.
Índices satisfatórios:
- Curitiba (PR)
- Teresina (PI)
- João Pessoa (PB)
- Florianópolis (SC)
- São Paulo (SP)
- Macapá (AP)
- Maceió (AL)
- Fortaleza (CE)
- Aracaju (SE)
Observação: Natal (RN) e Porto Alegre (RS) utilizaram uma metodologia de análise diferente. Essa técnica – por armadilhas – é empregada quando o índice de infestação é muito baixo ou inexistente.
Estado de alerta:
- Manaus (AM)
- Belo Horizonte (MG)
- Recife (PE)
- Rio de Janeiro (RJ)
- Brasília (DF)
- São Luís (MA)
- Belém (PA)
- Vitória (ES)
- Salvador (BA)
- Porto Velho (RO)
- Goiânia (GO)
- Campo Grande (MS)
Risco real de surtos de dengue, zika ou chikungunya:
- Palmas (TO)
- Boa Vista (RR)
- Cuiabá (MT)
- Rio Branco (AC)
Você pode acessar a lista completa de todos as cidades analisadas clicando aqui.
Os criadouros preferidos do Aedes aegypti em cada região
De acordo com o Ministério da Saúde, no Nordeste o que mais promove os índices de infestação são tonéis, barris, tinas etc. É o que os especialistas chamam de armazenamento de água no nível do solo.
Já no Sudeste, o maior número de depósitos de água parada foi achado dentro dos domicílios. São vasos ou frascos com água, pratos e garrafas retornáveis…
Por fim, as regiões Centro-Oeste, Norte e Sul têm, como ponto fraco no combate ao Aedes aegypti, o lixo. Recipientes plásticos, garrafas PET, latas, entulhos e afins que são jogados fora acabam virando destino das larvas do mosquito.
Com isso, contribuem para a disseminação de dengue, zika e chikungunya. Caso a febre amarela volte a ter um ciclo urbano de transmissão, ela pode se juntar a esse trio.
Número de casos de dengue
Até 3 de dezembro, foram notificados 241 664 casos de dengue em todo o país, um pequeno aumento em relação ao mesmo período de 2017 (232 372). São 115,9 casos a cada 100 mil habitantes.
A boa notícia é que menos brasileiros morreram dessa infecção em 2018. Foram 142 óbitos, ante 176 no ano passado.
E os de zika e chikungunya?
Considerando dados compilados até 3 dezembro, houve uma redução de 53% no número de casos de zika – de 17 025 em 2017 para 8 024 este ano. Foram 3,8 para cada 100 mil brasileiros e quatro mortes no total.
Também há notícias alentadoras quanto ao chikungunya. De acordo com o governo, 2018 concentrou 84 294 pessoas afetadas por essa doença até 3 dezembro. No mesmo período do ano passado, foram 184 344 episódios. Trata-se de uma diminuição de 54%.
A queda no número de mortes é ainda maior: 81,6%. Ou seja, de 191 falecimentos por chikungunya em 2017 para 35 em 2018.
Entretanto, a Agência Brasil publicou uma notícia alertando para um risco considerável de surto de chikungunya no Rio de Janeiro, em 2019. Situações como essa deixam claro como cada um de nós – e o próprio governo – devem se empenhar para acabar com os criadouros do mosquito e se proteger de suas picadas.
Ilustração: Ana Cossermelli/SAÚDE é Vital