Canagliflozina é um medicamento comum usado no tratamento de diabetes tipo 2. Insuficiência renal e problemas cardiovasculares são comuns em pessoas com a doença
Por Bem Estar
Um estudo feito na Universidade de Oxford, na Inglaterra, e publicado na revista científica “New England Journal of Medicine” mostrou que o uso de um remédio para diabetes pode trazer benefícios para o coração e os rins de pessoas com a doença.
A canagliflozina é um medicamento usado no tratamento da diabetes tipo 2 para diminuir o açúcar no sangue, mas se mostrou eficiente na proteção dos rins e na diminuição dos riscos de problemas cardiovasculares.
Principais descobertas do estudo:
- O número de pessoas que desenvolveram insuficiência renal ou morreram de insuficiência renal ou doença cardiovascular foi reduzido em 30%
- Os incidentes de hospitalização por insuficiência cardíaca foram reduzidos em 39%
- O risco de grandes problemas cardiovasculares (como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral) foi reduzido em 20%
O estudo foi financiado pela farmacêutica Janssen, que fabrica a canagliflozina, e liderada por um Comitê de Direção independente e acadêmico. Mais de 4 mil pacientes com diabetes e insuficiência renal de 34 países foram avaliados durante o estudo.
O estudo não incluiu, porém, pacientes com doença renal muito avançada nem pacientes cujas doenças renais tiveram causas diferentes da diabetes tipo 2. Outros estudos são necessários para avaliar se os benefícios encontrados na pesquisa poderiam ser os mesmos para outros tipos de doença renal.
Segundo o cientista Vlado Perkovic, principal autor do estudo, a descoberta é importante porque as pessoas com diabetes tipo 2 têm altos riscos de sofrerem com falência dos rins e problemas cardíacos.
“Diabetes é a principal causa de insuficiência renal em todo o mundo, mas por quase duas décadas não houve novos tratamentos para proteger a função renal. Este resultado é um grande avanço médico, pois as pessoas com diabetes e doença renal correm um risco extremamente alto de insuficiência renal, ataque cardíaco, derrame e morte”, disse.
Foto: Tesa Robbins/Pixabay