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OMS incentiva o uso de seringas inteligentes para evitar contaminação por doenças

Segunda agência da ONU, milhões seriam protegidos se não houvesse reutilização do material
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A Organização Mundial da Sáude (OMS) está defendendo o uso de seringas seguras para prevenir contaminações desnecessárias.
Em comunicado, a agência da ONU informou que milhões de pessoas poderiam ser protegidas de doenças infecciosas caso não houvesse a reutilização de seringas nos pacientes.
Prioridade
Segundo a OMS, somente em 2010, cerca de 1,7 milhão de pessoas contraíram o vírus hepatite B por causa do uso de seringas contaminadas. No mesmo ano houve 33,8 mil contaminações com o HIV e 315 mil com o vírus da hepatite C.
De acordo com a agência, as chamadas seringas “inteligentes” devem ser tratadas como uma prioridade urgente para todos os países. A iniciativa é apoiada pela Fundação Ikea e pela Aliança de Vacinas Gavi.
Um dos dispositivos deste tipo de agulha é que na tentativa de reutilização ela quebra automaticamente. A vantagem das seringas inteligentes é também a de proteção dos trabalhadores de saúde, uma vez que muitos deles por acidente acabam feridos pela injeção e ficam expostos à infecção.
Crianças e adultos
Todos os anos, 16 bilhões de injeções são aplicadas em pacientes em todo o mundo. Cerca de 5% deste total são para vacinação de crianças e adultos e outros 5% para transfusão de sangue e contraceptivos.
O médico da Organização Mundial da Saúde Edward Kelly afirmou que muitos pacientes preferem tomar injeções por acharem que é a forma mais eficiente de tratamento.
A OMS acredita que a nova política de campanha global para o uso de seringas inteligentes é uma estratégia a longo prazo para melhorar a segurança da aplicação de agulhas em todo o mundo. O preço ainda pode ser um fator para alguns países. De acordo com a ONU, a seringa sem segurança custa até quatro centavos de dólar, já a agulha inteligente é comprada pelo dobro do preço. A OMS acredita que doadores e parceiros internacionais podem ajudar a fazer a transição até que o preço caia com o aumento da demanda.

Mônica Villela Grayley
Rádio ONU

Fonte: http://www.canal.fiocruz.br/
Foto: Biggishben, via Wikimedia Commons

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