Dados divulgados pelo laboratório belga Janssen, pertencente à multinacional americana Johnson & Johnson, apontam que sua vacina anti-Covid tem 87% de eficácia contra formas graves da variante brasileira do novo coronavírus.
Por ANSA
O imunizante, cobiçado no mundo todo por ser de dose única, foi aprovado para uso emergencial na União Europeia na última quinta-feira (11), com eficácia de 67% contra todos os casos sintomáticos.
“Constatou-se, de forma geral, uma alta eficácia de 81% contra formas graves da doença provocada pela variante sul-africana, enquanto a eficácia contra as formas graves de Covid da variante brasileira foi de 87%”, disse, em entrevista à ANSA, o chefe de doenças infecciosas e vacinas da Janssen, Johan van Hoof.
A empresa, no entanto, ainda não apresentou os estudos clínicos por trás desses números. No fim de janeiro, a Janssen havia divulgado uma eficácia global de 85% da vacina contra casos graves da Covid-19. Ou seja, o índice relativo à variante brasileira seria ainda maior do que aquele da cepa original.
Na época em que apresentou esses dados, a Janssen não citou o Brasil especificamente, porém divulgou três indicadores de eficácia contra casos sintomáticos: de 72% nos EUA, de 66% na América Latina e de 57% na África do Sul.
Além da UE, a vacina do laboratório belga já está aprovada para uso emergencial nos Estados Unidos. O imunizante usa um adenovírus de resfriados inativo para carregar as instruções genéticas para a produção da proteína spike, espécie de coroa de espinhos que o Sars-CoV-2 utiliza para atacar as células humanas.
As ampolas podem ser mantidas em temperaturas entre 2ºC e 8ºC por até três meses.
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