Um ano depois de perder a visão em uma consulta médica, o tratorista José Chaves de Oliveira (41), convive com uma vida transformada. O caso aconteceu em julho do ano passado, quando um médico do Hospital Soriano Corrêa da Silva, em Maracaju, onde José vive, fez uma limpeza no olho direito dele com um cotonete.
De acordo com José, os ferimentos causados no olho durante a consulta foram comprovadas depois de um exame de corpo de delito realizado em instituto de perícia de Dourados, no mesmo mês do fato.
“Quando procurei o hospital estava com sintomas de conjuntivite. Me deitaram em uma maca, aplicaram um colírio anestésico, o médico fez a limpeza e colocou um tampão. Nos cinco dias seguintes, senti muita dor, procurei o hospital e só me passavam analgésicos”, conta o tratorista.
“Procurei a polícia de Maracaju e não pude realizar a perícia e as dores foram aumentando, então decidi ir a Dourados, registrei o boletim de ocorrência, fiz a perícia e o laudo comprovou lesão corporal grave com perda da visão”, relata José.
Em um ano, o tratorista já passou por quatro cirurgias, três no Hospital São Julião de Campo Grande e uma na Santa Casa da Capital. Segundo ele, cirurgias são realizadas a cada dois meses e a probabilidade da visão voltar é baixa.
“Eu estou sem poder trabalhar e o pessoal daqui não liga para nada”, desabafa o tratorista que está há 12 meses em busca de uma solução.
O caso será denunciado ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/
Foto: mathiasp, via Flickr