fbpx

Vendedora morre após cirurgias plásticas em Goiânia

Os médicos que atenderam a vendedora Valéria Souza da Silva, de 35 anos, forma intimados a depor pela Polícia Civil. Ela morreu após passar por três cirurgias plásticas, feitas de uma só vez, em Goiânia. Os depoimentos devem ser colhidos até o final desta semana.

A vendedora pôs silicone nos seios, fez lipoescultura e abdominoplastia, no dia 8 de outubro, em uma clínica da capital. Ela teve complicações, foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de outra unidade de saúde e morreu na madrugada do dia seguinte.

Responsável pelo caso, a delegada Marcela Orçai, do 8º Distrito Policial, já realizou diligências nas clínicas em que Valéria esteve.

“A investigação é feita no sentido de verificar quais aparelhos que não existiam na clínica, por que ela [vítima] foi transferida e se essa falta de aparelhos foi determinante para a morte dela ou se a causa da morte faz parte do risco cirúrgico”, explicou a delegada ao G1.

Orçai já colheu o depoimento de duas irmãs da vítima, que estiveram com Valéria no pós-operatório. “Elas pedem que seja apurado se houve negligência da clínica, o motivo de ela não ter ficado na UTI da clínica em que operou”, disse a delegada.

O laudo cadavérico elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML) é fundamental para a investigação. A delegada ressalta que apenas com o documento pode-se esclarecer a causa da morte. No entanto, a perícia só deve ser concluída em um período de cerca de 30 dias.

Cirurgia
Irmã de Valéria, a dona de casa Kate Souza da Silva Nascimento, de 31 anos, explicou que a vítima foi até a clínica para colocar silicone nos seios, fazer uma lipoescultura e também uma abdominoplastia. Ela afirma que a vendedora sonhava em passar pelos procedimentos, mas tinha medo.

Segundo a família, Valéria só aceitou passar pelas cirurgias porque a clínica “garantiu que tinha todo o aparato necessário”. O procedimento começou por volta das 8h30 e terminou às 15h de quinta-feira.

Após a operação, a equipe médica disse que estava tudo bem. “O médico saiu e disse que tinha sido espetacular e que ela ficaria muito feliz com o resultado. Achamos que, em breve, poderíamos vê-la bem, mas isso não aconteceu”.

Kate lembra que, por volta das 17h30, seguia sem notícias da irmã. “Foi quando nos avisaram que ela seria transferida para outra clínica, pois ela teve complicações e precisavam de alguns aparelhos de UTI que não tinham lá. Eu comecei a chorar e your-asthma-info.com que eu não precisava me preocupar, pois ela tinha apenas tido uma queda de pressão”, contou.

A irmã da vendedora seguiu para a outra clínica para onde ela foi levada e, ao chegar lá, foi informada que o estado de Valéria era gravíssimo.

“O médico disse que ela estava com os rins parados e não apresentava sinais vitais. Pedi para vê-la e deixaram. Notei que ela estava muito pálida e disseram que era por causa do estado, mas que iam fazer o possível para reverter o quadro. Aí, por volta das 2h de sexta-feira [9], nos ligaram dizendo que ela estava morta”, lamentou.

A clínica contratada pela vendedora para a plástica explicou que possui os equipamentos de UTI, mas que o quadro clínico da paciente se agravou por causas desconhecidas e inesperadas. Com isso, a equipe médica decidiu transferir a mulher para um hospital com mais recursos para tentar reverter o quadro clínico dela. O corpo de Valéria foi enterrado na sexta-feira, em Goiânia.

Fonte: http://g1.globo.com/
Foto: Jason Trbovich, via Flickr

Opções de privacidade