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Mulher aponta negligência médica após morte do marido em Uberaba

Antes ele passou por hospital e UPA; homem morreu nesta quarta-feira (30). Hospital Universitário e UPA São Benedito se posicionaram.

Um homem de 43 anos morreu após ser atendido por unidades de saúde em Uberaba e liberado mesmo com crises convulsivas. O óbito ocorreu nesta quarta-feira (29) e, segundo a esposa Emilene Oliveira, houve negligência por parte do Hospital Universitário e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São Benedito. O corpo foi encaminhado para análise no serviço de verificação de óbito do Instituto Médico Legal (IML).

Segundo a Pró-Saúde, gestora das UPAs em Uberaba, o homem deixou a unidade consciente, caminhando e acompanhado por familiares.

O médico e diretor técnico do Hospital Universitário, Galvani Salgado Agreli, afirmou que o paciente deu entrada no pronto-socorro na madrugada de terça feira (28) e permaneceu internado por cerca de 12 horas. Ele teve quadro de vômito, diarreia e febre, mas os exames feitos pelo hospital foram inconclusivos. Após medicação para tratar os sintomas, ele foi liberado. Ainda segundo o diretor, foi adotado procedimento padrão, comum para casos do tipo.

Segundo Emilene Oliveira, o esposo se sentiu mal pela primeira vez na noite de domingo (26) e, após perguntas sobre o paciente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) afirmou que não tinha ambulância disponível. O transporte do paciente para o Hospital Universitário foi feito pelo Corpo de Bombeiros.

No hospital, uma profissional liberou o paciente, mas se negou a assinar documento comprovando que ele estaria apto a receber alta. “Eu pedi para a médica assinar um termo afirmando que ele teria condição de receber alta, mas ela se negou e eu disse que chamaria a polícia, pois ela estaria abandonando um incapaz. Infelizmente, não registrei Boletim de Ocorrência, pois ele estava muito mal”, contou.

Após o primeiro atendimento, o paciente teve outra convulsão na manhã seguinte e foi encaminhado pelo Corpo de Bombeiros para a UPA São Benedito. Emilene relatou que na unidade ele teria qie fazer inalação no período da manhã, mas ficou por cerca de duas horas sem o líquido para evaporar. “Na hora que dei entrada, ouvi profissionais dizendo que não tinha oxigênio na rede”.

A esposa afirma ainda que pediu para que o marido não recebesse alta da UPA, mas não foi atendida. “Pedi o SUS Fácil, fiz tudo e levei as documentações para o hospital, mas a UPA não transferiu ele. O médico alegou que ele deveria ir para casa, mas eu pedi que não mandassem a gente embora”, relatou Emilene.

Após a liberação, de acordo com a esposa, o marido andou até à esquina, onde teve outra crise convulsiva e não resistiu. “A perda é minha e da minha filha, não é deles”, lamentou.

Posicionamento
A Pró-Saúde, que administra a UPA São Benedito, informou por meio de nota que o paciente deu entrada na unidade na terça-feira, foi atendido imediatamente e avaliado por médico plantonista, passou por vários exames, sendo medicado e encaminhado para sala de observação.

Na quarta-feira o paciente foi reavaliado pela equipe médica, apresentando quadro estável e sem crise convulsiva, tendo recebido alta médica pela manhã.

Depois disso ele deixou a unidade consciente, caminhando e acompanhado por familiares. Ainda de acordo com a pró-saúde, o paciente retornou à unidade 20 minutos depois, apresentando mal súbito, sendo levado imediatamente à sala de emergência, com quadro de falta de ar intensa.

Ele foi entubado, foram realizadas manobras de reanimação cardíaca por meia hora, mas ele não resistiu. Quanto à denúncia de falta de oxigênio feita pela mulher da vítima, a pró-saúde informou ainda que na unidade não falta oxigênio para tratamento dos pacientes.

Fonte: http://g1.globo.com/
Foto: http://www.uberaba.mg.gov.br/

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