Entre dez especialidades, ginecologia e obstetrícia foi a menos procurada por residentes no HC da Universidade Federal do Paraná em 2014; a mais visada foi dermatologia.
Segundo números da Comissão de Residência Médica do HU de Londrina, apesar de não haver ociosidade de vagas, a busca pela residência em ginecologia e obstetrícia é baixa na unidade. A concorrência tem oscilado entre dois e quatro candidatos por vaga.
Este ano, 28 candidatos se inscreveram para concorrer às oito vagas ofertadas, o que representou 3,5 pretendentes por vaga. Para efeito de comparação, a concorrência para a residência em anestesiologia foi de 9,75 candidatos por vaga em 2015; dermatologia, 20 por vaga; e pediatria, 6,1 por vaga. Nas residências em cirurgia geral e clínica médica, que são pré-requisitos para outras especialidades, a concorrência foi de respectivamente 7,87 e 6,69 por vaga.
No Programa de Residência Médica do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a concorrência pela residência em ginecologia e obstetrícia foi de cinco por vaga no ano passado. Das dez especialidades cujos números foram repassados à FOLHA, foi a que teve menos procura na instituição em 2014. A mais próxima foi a neurocirurgia, com sete candidatos por vaga. A mais visada proporcionalmente em 2014 foi a dermatologia, com 22,5 candidatos por vaga, seguida pela anestesiologia, com 18 pretendentes por vaga.
Eduardo Novak, gerente de Ensino e Pesquisa e responsável pelo Programa de Residência Médica do HC-UFPR, diz que a busca pela residência em ginecologia e obstetrícia tem se mantido estável.
“Mas, empiricamente falando, parece que há um desinteresse do especialista em ginecologia e obstetrícia em seguir a obstetrícia, principalmente. A explicação principal seria que os riscos são altíssimos, aliados à necessária disponibilidade permanente do médico”, argumenta.
Fonte: http://www.folhaweb.com.br/
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