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Cadeirante se diz vítima de erro em pronto-socorro de Franca, SP

Uma queda se transformou em pesadelo para o aposentado por invalidez Nilio Sérgio Santana, de 46 anos. Após cair e bater o ombro, o cadeirante procurou o Pronto-socorro “Álvaro Azzuz” para receber atendimento e foi embora sem diagnóstico. Dali em diante, sua saúde já fragilizada piorou e hoje ele depende de familiares para tudo. Agora, o cadeirante busca uma resposta na Justiça. Ele está processando a Prefeitura por erro médico e pede uma indenização cujo valor beira os R$ 95 mil.

Há cinco anos, Santana foi diagnosticado com uma rara síndrome, a siringomielia. Desde então, perdeu os movimentos das pernas e precisa se locomover com uma cadeira de rodas. A patologia também causa a perda da sensibilidade. No final de março, o aposentado caiu e foi para o PS. Ao chegar no “Álvaro Azzuz”, no dia 5 de abril, foi atendido por um médico que pediu um raio-x e, ao checar o exame, teria alegado não saber “do que se tratava o problema”. “Ele me receitou um anti-inflamatório e um analgésico. Mas para quê? Eu não sinto dor por conta da siringomielia e ele sabia disso”, disse Santana.

O paciente voltou para casa e notou que seu braço estava inchando. Ao se movimentar, os ossos estalavam. No dia 7 de abril, decidiu retornar para o PS. Um outro médico atendeu o aposentado e, após examiná-lo, fez um novo raio-x e constatou que os ossos do braço do cadeirante estavam “desfragmentados”. A fratura havia se transformado em outras diversas fraturas.

Encaminhado para a Santa Casa, Santana foi atendido e, por conta do esforço repetitivo com o braço, desenvolveu trombose venosa e precisou ficar internado por uma semana. “Por seis meses, farei tratamento para trombose. Mas não há esperanças. Eu precisarei operar para colocar uma prótese que substitui uma parte do osso que liga o braço à clavícula. Seu valor chega a quase R$ 90 mil”, disse.

Nesta semana, Santana acionou a Justiça. Seu advogado, Tiago Carrera, entrou com um processo pedindo uma indenização de quase R$ 95 mil. “Estamos processando pelo notório erro que o médico cometeu. É um absurdo um profissional não saber ver o que consta em uma radiografia. Se o diagnóstico tivesse acontecido, meu cliente estaria com o braço imobilizado, mas estável e sem necessidade de prótese”, afirmou Carrera.

Procurada pelo Comércio, a assessoria de imprensa da Prefeitura solicitou que os questionamentos sobre o caso fossem encaminhados via e-mail. Por dois dias, nenhuma resposta foi dada ao jornal. Santana disse que, após o contato da reportagem, o setor de Ouvidoria da administração municipal ligou para ele e ofereceu ajuda com fraldas, que tem utilizado desde que teve o problema. “Não há doações ou dinheiro que paguem tudo que tenho passado”, afirmou, emocionado.

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Foto: divulgação

Fonte: http://gcn.net.br/
Foto: http://www.franca.sp.gov.br/