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Família denuncia morte por dengue. Paciente foi atendido quatro vezes antes do diagnóstico.

Paciente de 66 anos morreu em fevereiro deste ano, após ser internado às pressas em UTI, em Santos (SP).

Uma primeira morte por suspeita de dengue – antes das três primeiras registradas neste ano – pode ter ocorrido em Santos. Trata-se do corretor de imóveis Jair Carvalho, de 66 anos, cuja certidão de óbito atesta o falecimento pelo agravamento da doença.

Ele morreu em 7 de fevereiro, após ser internado às pressas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Beneficência Portuguesa. Antes de chegar à unidade, ele já havia sido atendido por outros médicos, que não o diagnosticaram com dengue.

O quadro de saúde se agravou ao longo de uma semana, conforme relata um dos filhos do corretor, o engenheiro civil Everton Carvalho. Ele conta que o pai esteve pelo menos quatro vezes no Pronto-Socorro da Zona Leste, no Macuco, antes da internação.

“Eles acharam que era uma virose”, conta. Em todas as passagens, conforme relata Everton, Jair era submetido a exames de sangue para que pudesse esclarecer o que estava acontecendo. “O laudo sempre falava que havia material insuficiente para análise”.

Somente no quinto dia, os médicos do Pronto-Socorro, após uma nova passagem do corretor pelo atendimento, decidiram interná-lo. O exame, lembra o filho, acusou plaquetas baixas no sangue. “Já na UTI, ele piorou e morreu em menos de 24 horas”.

O caso foi denunciado pela administradora Emiliene Palmieri, 38 anos, nesta terça-feira, durante o Jornal Litoral, pela Rádio City FM. Ela é sobrinha da vítima. O despreparo médico e a omissão do fato nos índices oficiais dos órgãos de saúde revoltam a família.

Jair tinha febre, dores pelo corpo e apresentava manchas vermelhas na pele. “Estamos em plena epidemia e (somente) após cinco dias identificaram a doença nele”, reclama Emilene. Na certidão de óbito obtida por A Tribuna, dengue hemorrágica está entre as causas da morte.

Panorama
O caso de Jair Carvalho, que morava no Campo Grande, é conhecido pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Santos. Ele está entre os investigados pelo Grupo de Vigilância Epidemiológica do Estado para saber se, realmente, a morte ocorreu devido à doença.

A Prefeitura explica que a declaração de óbito é o documento oficial de fé pública, necessário para o sepultamento e o registro em cartório do ocorrido. No entanto, quando há dengue relacionada às causas, o documento é analisado posteriormente, para confirmação.

A investigação abrange os resultados dos exames laboratoriais do paciente, análise de prontuários médicos e a discussão entre a equipe responsável no caso. Ao final, o óbito por dengue é confirmado ou não. Não há prazo para isso ocorrer.

A família Carvalho confirma que houve contato da Vigilância Sanitária, após a morte do parente, mas nenhuma outra comunicação foi realizada desde então, pois o caso ainda é investigado.

Caso ocorra modificação na certidão, uma nova será emitida pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

Outros casos
A diretora do grupo de vigilância epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, Iraty Nunes Lima, diz que há quatro mortes confirmadas por dengue na Baixada, em 2015. Três em Santos e uma em Itanhaém (que a Prefeitura diz desconhecer). O número poderá aumentar, já que 12 casos são investigados pelas unidades de saúde da região.

Fonte: http://www.atribuna.com.br/
Foto: MelhorDeSantos.com, via Flickr

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