O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) interditou na sexta-feira (13) o Hospital Geral de Picos e a maternidade, devido irregularidades encontradas no ambiente de trabalho das duas instituições. Em verificação “in loco”, o presidente do CRM-PI Emmanuel Pontes e comissão constataram a falta de médicos e equipamentos.
Com a decisão, os médicos ficam proibidos de atender os pacientes sob pena de processo disciplinar.
Emmanuel Pontes disse que flagrou a maternidade sem nenhum médico na manhã da sexta-feira. “Não havia nenhum médico de plantão na maternidade. Andamos por todo o hospital e não havia nenhum médico, além de não ter atendimento de urgência”, disse o presidente.
No hospital, foi constatada também a falta de médicos em especialidades, além de centro cirúrgico sem anestesistas e sem sala de recuperação.
O Hospital Geral de Picos pertence a uma iniciativa privada, porém faz atendimento pelo SUS, segundo o Conselho Regional de Medicina.
“Há cerca de seis meses fizemos um indicativo de interdição ética, agora estamos fazendo a interdição. Há um descaso com o CRM e mesmo após o alerta do Conselho não houve avanços nas irregularidades no hospital”, disse Emmanuel Pontes.
Também, o presidente do Conselho Regional de Medicina, Emmanuel Pontes, informou que recebeu denúncias de cobrança ilegal de consultas na maternidade e Casa de Saúde São José no município de Picos. Durante a visita na sexta-feira (13), uma paciente informou que um médico teria lhe cobrado R$ 500,00 para fazer um parto normal. O pagamento seria dividido em duas parcelas de R$ 250,00. O Conselho vai apurar a denúncia e levar a autoridades competentes.
Fonte: http://cidadeverde.com/
Fotos: divulgação – cidadeverde.com