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Videogame nem sempre é vilão

Estudo associa os jogos eletrônicos a ganhos em habilidades cognitivas e motoras – mas só se a brincadeira não ultrapassar nove horas semanais

 

Por Thiago Nepomuceno
do Portal Abril

 

Jogos eletrônicos costumam ser mal vistos quando se fala na saúde da garotada. Se desfrutados com parcimônia, porém, eles podem até trazer vantagens. É o que evidencia um experimento com 2 442 crianças de 7 a 11 anos, submetidas inclusive a exames de neuroimagem, no Hospital Del Mar, em Barcelona, na Espanha.

A análise revela que a turma que jogava em média duas horas de videogame na semana desenvolvia mais habilidades psicomotoras e apresentava um melhor desempenho escolar. Só que os benefícios caíam por terra quando o tempo gasto com a diversão ultrapassava nove horas semanais.

Pior: os viciados nos games encaravam mais problemas de interação com outras pessoas. “Isso porque o tempo dedicado aos jogos invade o de outras atividades, o que faz a criança se isolar e prejudica seu lado social”, explica o médico e pesquisador Jesús Pujol.

 

Fora das telinhas

Lembre-se: há horário para tudo, inclusive para brincar ao ar livre. “E esse é um importante recurso para a criança conhecer o mundo em que está inserida e se desenvolver”, diz a pedagoga Ana Lúcia Meneghel, da Universidade Estadual de Campinas.

 

Em família

– Os pais podem (e devem) brincar com os filhos. Que tal montar um jogo de tabuleiro, empinar uma pipa ou passear no parque?
De tudo um pouco

– Estabeleça uma rotina em casa. Divida o tempo da criança entre jogos com e sem aparelhos eletrônicos para que não haja exageros.
Sejamos criativos

– Propicie atividades que agucem a curiosidade, que estimulem a inventar, aprender e construir, sobretudo ao ar livre.

 

Foto: Divulgação/ Getty Images

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