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Amigos e familiares influem no tratamento contra câncer de mama

O tipo de terapia que a mulher seguirá muitas vezes é discutido com pessoas próximas. Por isso, elas também precisam estar informadas

 

Por Ana Luísa Moraes
Publicado no Abril Online

 

Uma mulher que recebe um diagnóstico precoce de câncer de mama tem uma vantagem considerável (além do fato de a doença não estar em estágio avançado, claro). Ela não precisa ter tanta pressa para iniciar o tratamento, o que dá mais tempo para médico e paciente ponderarem sobre o melhor tipo de intervenção. Mas os dois não são os únicos que fazem parte do processo de decisão, como indica um estudo recente da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

O levantamento, feito com mais de 2 500 voluntárias com tumores iniciais na mama, aponta que metade das entrevistadas listou pelo menos três indivíduos que as ajudaram na definição da terapia; 20% elencaram duas pessoas; 20% citaram um ente querido e apenas 10% não relataram qualquer tipo de assistência nesse quesito.

Mais do que o apoio em si, essa rede é fundamental porque está associada a uma maior deliberação sobre os recursos disponíveis, o que sugere que as pacientes estão colocando na balança os prós e contras e analisando com cuidado todas as possibilidades.

“É necessário que os médicos reconheçam que as mulheres envolvem outros sujeitos em seus pareceres relacionados à saúde. E é importante que esses grupos também tenham acesso aos dados sobre as opções recomendadas”, diz a epidemiologista Lauren Wallner, autora da pesquisa.

A especialista propõe que os médicos incorporem a família e os amigos nas conversas, entreguem materiais de consulta para todos e providenciem informações que podem ser discutidas depois da consulta. Tudo isso, obviamente, respeitando as vontades de quem receberá o tratamento.

Lauren reforça que a luta contra o câncer não precisa (e nem deveria) ser solitária: “Aquelas que acabam de receber o diagnóstico dessa condição frequentemente ficam assustadas e sobrecarregadas. Ter outro indivíduo para ajudá-las a processar as alternativas é essencial”.
 

Foto: Christian Parente/SAÚDE é Vital