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As lições sobre dinheiro que os millenials têm a dar aos mais velhos

Esse grupo está reinventando o consumo ao buscar soluções criativas para viver e se divertir com frugalidade

Por Mariza Tavares, G1 Rio de Janeiro

O período de relativa bonança e crescimento que possibilitou a ascensão profissional e social dos baby boomers já foi objeto de diversas colunas desse blog. Somos uma geração beneficiada pela abundância e, por isso mesmo, acho que é hora de aprender com os millenials, esses jovens nascidos entre 1980 e 2000 que enfrentam um mundo mais competitivo e com menos oportunidades. Não é à toa que muitos se lançam no empreendedorismo e passam a valorizar serem donos da própria agenda. Um número crescente trabalha remotamente. Se há uma coisa que caracteriza esse grupo é buscar soluções criativas para viver e se divertir com frugalidade – ensinamentos que valem ouro para quem está se aposentando ou foi empurrado para fora do mercado.

Se prestarmos atenção, o consumo está sendo reinventado pelos millenials. A maior contribuição dessa geração talvez seja a economia do compartilhamento, que veio para ficar. Os espaços de trabalho são divididos por pessoas de diferentes backgrounds que aproveitam a convivência para trocar experiências. Quando viajam, hotéis são a última opção, depois de casas de amigos ou do variado leque de ofertas do Airbnb. A indústria automobilística tenta decifrar e seduzir essa turma, que não se interessa por carros por convicções em relação ao impacto no meio ambiente ou porque não tem condições de bancar um veículo. Não são as mesmas preocupações de quem passou dos 50? Usar bicicleta e aplicativos que cobram corridas mais em conta e alugar um automóvel só quando surgir uma viagem certamente pesam menos no orçamento.

Em casa, outras pequenas lições: os jovens concentraram seu consumo de entretenimento nas telas do celular e do laptop. Aparelhos de TV caros, pacotes de TV a cabo com centenas de canais, tudo isso vem sendo substituído por aplicativos acessíveis e o mar de conteúdo grátis da internet. Troque antigos dicionários por consultas on-line, livros de receita pelos tutoriais do YouTube, discos e CDs pelos serviços de streaming, a linha fixa do telefone por chamadas pelo WhatsApp, e aproveite o número cada vez maior de ambientes com Wifi para suas conexões.

Se as gerações anteriores tinham fixação pela casa própria, esse sonho, cada vez mais distante de ser realizado, criou adultos que prezam a mobilidade. O proprietário quer aumentar o aluguel? Hora de mudar. E quem se desloca muito – e considera oportunidades de emprego em outras cidades e até no exterior – não gosta de acumular coisas que dificilmente serão usadas. Aprenda a se desfazer do que não usa, com a possibilidade de fazer trocas ou deixar objetos em consignação para serem vendidos em brechós. Empréstimos e cartões de crédito são vistos com desconfiança: se há uma boa chance de não ter dinheiro para pagar, por que correr o risco? São opções a serem utilizadas apenas em casos de emergência – é tão lógico e racional, não? Hora de aprender com eles!

Foto: https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Young_people#/media/File:Ejistaszapote.jpg

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