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Pílula anticoncepcional afeta as emoções das mulheres, sugere estudo

Cerca de 100 milhões de mulheres em todo mundo fazem uso do contraceptivo

Por Galileu

Um novo estudo publicado na revista Frontiers in Neuroscience traz evidências que uma das implicações do uso da pílula anticoncepcional é de prejudicar o reconhecimento de emoções em mulheres que a utilizam.

O psicólogo cognitivo Alexander Lischke explica que, apesar das evidências, não há motivo para pânico. Segundo ele, muitos dos efeitos que seu time de especialistas encontrou ainda são apenas “deficiências sutis”, ou seja, quase imperceptíveis.

Os efeitos causados pela pílula anticoncepcional nas mulheres pode variar muito. Mudanças no corpo, mente, humor e bem-estar são alguns exemplos. Segundo o portal Science Alert, cerca de 100 milhões de mulheres em todo mundo utilizam a pílula contraceptiva como forma de evitar a gravidez ou para controlar a menstruação.

Para o estudo, as participantes tiveram de identificar algumas emoções humanas. De acordo com os pesquisadores, as mulheres que estavam sob efeito da pílula anticoncepcional tiveram dificuldade na hora de reconhecer algumas das emoções que lhe foram dadas.

Ainda em fase de desenvolvimento, o estudo contou com apenas 94 participantes na Alemanha, mas já se destaca entre outras pesquisas feitas anteriormente por focar na saúde mental, controle e reconhecimento das mulheres.

Além dessa pesquisa, outros estudos feitos anteriormente sugerem que o uso da pílula pode prejudicar a habilidade das mulheres em lidar com as próprias emoções e de terem empatia por outras pessoas. Das 94 mulheres que participaram do estudo, 41 utilizava o contraceptivo e 53 não estava fazendo o uso do medicamento. Após responderem perguntas sobre menstruação, empatia e o uso do contraceptivo em si, elas participaram da próxima fase da pesquisa.

Chamado de “’Reading the Mind in the Eyes” (Lendo a mente nos olhos, em tradução livre) o teste consiste em testar a habilidade de identificar algumas expressões em imagens preto e branco, variando entre as mais fáceis e difíceis. Depois, os pesquisadores notaram que as mulheres que faziam uso do contraceptivo regularmente eram quase 10% piores no teste com imagens mais complexas.

“Como os contraceptivos orais funcionam suprimindo os níveis de estrogênio e progesterona, faz sentido que os contraceptivos orais também afetem o reconhecimento de emoções das mulheres”, explica Lischke. Em entrevista ao portal ScienceAlert, o pesquisador conta que, apesar dos resultados, ainda não há informações precisas sobre os efeitos da pílula na vida das mulheres.

 

Foto: MARCOS SANTOS/ USP IMAGES

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