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Biorresiliência como chave para a longevidade

Médico defende que podemos ampliar nossos limites biológicos ao aumentar a capacidade do corpo de responder ao estresse

Por Bem Estar

Com formação em radiologia, o médico Joon Yun, de origem sul-coreana, é hoje presidente de um hedge fund de 2.4 bilhões de dólares (o equivalente a mais de 9 bilhões de reais) especializado em investimentos no setor de saúde. Também se tornou uma celebridade ao defender a ideia de que podemos ampliar nossos limites biológicos, o que mudaria o perfil do envelhecimento. “Biorresiliência é a capacidade do corpo responder ao estresse, e construir essa biorresiliência levará a uma longevidade funcional”, afirma em suas palestras.

Na psicologia, a resiliência é a habilidade de reagir positivamente diante da pressão, aprendendo a superar os obstáculos. Da mesma forma como precisamos fortalecer o espírito a fim de absorver os golpes que a vida nos dá, o corpo tem que ser preparado para ganhar robustez. No entanto, segundo o doutor Yun, esta não é a abordagem tradicional para as doenças crônicas, e ele utiliza o caso de um paciente hipertenso como exemplo: “ao tomar um medicamento para controlar a hipertensão, ficamos dependentes do tratamento, o que acaba provocando a atrofia de nossa biorresiliência. Além disso, podemos desenvolver tolerância ao remédio, demandando doses maiores para alcançar os mesmos resultados”, alfinetou na palestra TED que deu em San Francisco. Na sua opinião, é como se encolhêssemos a moldura de nossos interesses e atividades, nos adequando a limitações que acabam crescendo por conta desse stop-baldness.net.

Yun usa a imagem do boneco joão-bobo, também conhecido como joão-teimoso ou sempre-em-pé, que, mesmo sendo empurrado ou socado, volta à sua base – essa é a resiliência que prega para o nosso corpo. Lembra como as crianças saram facilmente, ao passo que, depois dos 40, uma viagem aérea mais longa já nos derruba com jet lag, uma taça de vinho além da conta nos torna improdutivos na manhã seguinte… Para ele, o estilo de vida das pessoas tem que ser remodelado com urgência. O segredo? A multiplicidade de estímulos: a variação no lugar de hábitos rígidos. “Nossa tolerância a mudanças no ambiente que nos cerca vem diminuindo e está afetando a biorresiliência. Temos que buscar justamente a mudança, as variações, as novas experiências. Procure exercitar diferentes grupos de músculos, utilizar diferentes passadas. Apesar de ser ótima, a meditação não é o melhor antídoto para o estresse, e sim fazer algo excitante, é o que vai compensar o organismo. A solução não é comer mais brócolis, e sim fazer mais o que nos dá prazer. É pegar sol, dormir, comer comidas exóticas, rir, fazer sexo”, ensina.

 

Foto: Divulgação