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Estudo inédito revela que é possível conter em até 38% a progressão da miopia em crianças

A pesquisa acompanhou por dois anos, 80 crianças míopes na faixa etária de 8 e 12 anos

Por Folha Vitória

O primeiro relatório sobre visão publicado pela Organização mundial da Saúde (OMS) mostra que das alterações oculares que podem ser corrigidas com óculos, a miopia, dificuldade de enxergar à distância, é a que mais cresce. Para se ter ideia, apesar da população mundial estar envelhecendo mais rápido, a estimativa da OMS é que em 2020 o planeta vai ter 2,6 bilhões de míopes, bem mais que os 1,8 bilhões com presbiopia, dificuldade de enxergar próximo depois dos 40 anos, um claro sinal de degeneração da visão.

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier o maior problema da miopia é sua progressão. “A partir de 6 graus aumenta a chance de descolamento da retina, glaucoma e degeneração macular que podem levar à perda definitiva da visão”.

O aumento do número de míopes está acelerando a deficiência visual. Prova disso é existe 1 bilhão de deficientes visuais no mundo por falta de óculos, segundo o relatório da OMS.

Sob controle

A progressão da miopia pode ser contido em até 38% como uso do colírio de atropina a 0,01 junto com lente ortoceratológica. Esta é a principal conclusão de um estudo que acaba de ser apresentado nos EUA por pesquisadores da Jichi Medical University (Japão), durante o congresso de oftalmologia da AAO (American Academy of Ophthalmology).

O oftalmologista explica que o colírio normalmente é usado para dilatar a pupila durante a consulta oftalmológica e bloqueia receptores da retina que estão coligados à evolução da miopia. Já a lente ortoceratológica é usada durante a noite para achatar a superfície da córnea. Por isso, altera o foco periférico do olho, esclarece.

O estudo japonês acompanhou por dois anos, 80 crianças míopes na faixa etária de 8 e 12 anos, que usaram os dois tratamentos durante três meses. Nas que tinham acima de 6 graus o tratamentos diminuiu em 28% a progressão. No grupo com grau baixo e moderado a redução foi de 38%. Para Queiroz Neto significa que quanto antes as crianças forem estimuladas a ter mais atividade física, maior a chance de preservar toda a saúde, inclusive a visão.

 

Foto: Divulgação