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Maioria dos portadores de Infecção Sexualmente Transmissível no Rio de Janeiro é de jovens

Os dados mais recentes mostram que a taxa de mortalidade por aids no estado era de 7,6 para cada 100 mil habitantes

 

Por Agência do Rádio Mais

 

Nas últimas quatro décadas, mais de 50 mil pessoas morreram de Aids no Rio de Janeiro; 1.500 só no ano passado.Os dados mais recentes mostram que a taxa de mortalidade por aids no estado, em 2018, era de 7,6 para cada 100 mil habitantes. O número de casos de sífilis no Rio em 2019, foi de 5,9 para cada 100 mil habitantes. O médico da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe, explica que a maior incidência das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) se dá em jovens e que é possível observar o fenômeno ao analisar dados sobre HIV, Hepatite B e, principalmente, sífilis.

“Existem diversos motivos para a população de jovens ser mais acometida pelas infecções sexualmente transmissíveis. Primeiro, porque é um público que não viveu o período de grande incidência de HIV/Aids. Não conviveu com pessoas famosas, grandes ídolos, morrendo pela Aids. Então, há uma tendência de relaxamento em relação ao uso do preservativo, principalmente. Segundo que é um público que tem tendência a se arriscar mais. De forma geral, a recomendação é de que as pessoas não negligenciem as Infecções Sexualmente Transmissíveis.”

A dona de casa Ana Pinheiro, de 52 anos, é moradora do Rio de Janeiro e descobriu que estava com o vírus HIV em 1992. Ela contraiu a IST do marido e faz tratamento na rede pública de saúde. Ana conta como descobriu o vírus e explica o funcionamento do tratamento.

“Não tinha sintomas, meu marido adoeceu e eu fui fazer o exame. Estava assintomática, mas estava grávida na época. Aqui no Rio de Janeiro, eu tenho acompanhamento pela clínica da família. No posto de saúde, eu tenho uma médica que me atende a cada seis meses e eu pego a medicação gratuitamente. E a clínica geral, que é a saúde da família, me atende sempre que preciso. Se eu tiver alguma demanda, se eu sentir alguma dor, mal-estar, eu vou para a clínica da família.”

Atualmente, além do uso de camisinha, é possível se prevenir contra o HIV através da Profilaxia Pré-Exposição. O método consiste em tomar diariamente um comprimido que impede o vírus causador da Aids de infectar o organismo. É indicado para pessoas que tenham mais chance de ter contato com o HIV, as chamadas populações-chave. No entanto, essa profilaxia não previne contra outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, como a sífilis, então o uso sempre deve ser combinado ao preservativo. O tratamento, que permite uma melhora na qualidade de vida e interrompe a transmissão dessas infecções, é oferecido de forma gratuita por todas as unidades do Sistema Único de Saúde, o SUS. Além disso, todas as Unidades de Saúde têm testes para a detecção das infecções. O tratamento é gratuito. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.

 

Foto: Divulgação