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Pesquisadores da UFRJ trabalham no desenvolvimento de testes rápidos para a detecção do coronavírus

Velocidade no diagnóstico é considerada crucial para conter a expansão da pandemia. Métodos desenvolvidos pela Coppe e pelo Instituto de biologia da universidade também são mais baratos

 

Por G1

 

Cientistas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) e do Instituto de Biologia, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estão desenvolvendo dois testes de detecção rápida do novo coronavírus.

O trabalho vem sendo feito desde fevereiro. No momento, a pesquisa está na fase chamada de ‘ajuste fino’ – logo em seguida, chegará no estágio conhecido como ‘validação’, espécie de etapa final do estudo. A expectativa é que o processo esteja concluído dentro de 30 a 40 dias.

A velocidade para se identificar o novo coronavírus é considerada crucial para reduzir a expansão acelerada da pandemia. O diagnóstico rápido é um dos elementos que permitiu que países como a Coréia do Sul mantivessem uma taxa de mortalidade baixa, mesmo estando próxima da China, local de origem da contaminação.

Atualmente, o exame utilizado para identificar o coronavírus é o teste da Proteína C Reativa – ou PCR.

“O problema é que este é um exame caro e tem resultado demorado. Para se ter uma ideia, o teste da primeira vítima fatal aqui no Brasil só ficou pronto no dia seguinte ao óbito. Além disso, para ser realizado, o PCR necessita de equipamentos sofisticados e pessoal treinado – elementos aos quais nem todos os laboratórios têm acesso. Ou seja, todo o processo de detecção do vírus é prejudicado e atrasado. Dessa forma, com a demora para fazer o diagnóstico, o coronavírus se espalha com mais rapidez”, explicou a coordenadora da pesquisa na Coppe, Leda Castilho.

A pesquisa feita na UFRJ prevê duas formas de teste:

O primeiro é um ensaio Elisa, sigla para “Enzyme-Linked Immunosorbent Assay”, feita a partir da cópia da proteína das pontas do vírus. Por meio dele, é possível chegar à detecção do coronavírus em agumas horas.

O segundo é chamado de teste rápido – muito semelhante ao exame de gravidez, o teste é feito sobre um papel cromatográfico onde está a proteína do vírus. O exame oferece resultados em poucos minutos.

“Com um diagnóstico rápido, a pessoa contaminada com o coronavírus é colocada em isolamento de forma imediata, o que desacelera a expansão da pandemia. A curva de contaminação na Coréia do Sul caiu bastante depois que esse procedimento de detecção rápida e isolamento foi adotado”, diz Leda Castilho.

 

Foto: G1